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Crônica da Coragem (virtual)
Se eu fosse mais intrépido ou audacioso desbravaria o mundo, sem me preocupar com pequenos detalhes, como a temperatura da água do chuveiro ou se o quarto de dormir teria pernilongos. Se eu fosse mais aventureiro não me preocuparia com a volta e sim com o desenrolar da viagem. Aliás, já li em algum lugar que a diferença fundamental entre o viajante e o turista seria esta: este último já chegaria pensando no retorno.
Sempre me deparo com relatos de jornadas rumo ao destino incerto, perpetradas por pessoas destemidas e isso me traz muita admiração: imagine o que seria embarcar numa discutível embarcação de madeira há séculos atrás, em busca de terras desconhecidas, mesmo imaginando que o mundo fosse quadrado ou que o oceano abrigasse terríveis monstros ocultos? Ou como seria atravessar o mundo solitário num balão ou os mares num pequeno avião? Até mesmo emigrar para um local distante, sem saber o que esperar do futuro?
A coragem dos desbravadores é que impulsiona o mundo; o seu suor muitas vezes se fez necessário para que uma região fosse mapeada ou uma estrada construída, às vezes até de forma humana e ecologicamente irresponsável, como no caso da Transamazônica, que, diga-se de passagem, hoje jaz inútil, resultando em vão sacrifício de tantas vidas. E o que dizer das pirâmides do Egito?
Hoje temos acesso virtual e instantâneo a qualquer parte do globo, sabendo de toda ventura ou desgraça em ”tempo real“... Viajamos continuamente pela Internet, com acesso a todas as culturas e línguas, povos e regiões, crenças e costumes.
Somos desbravadores virtuais, armados de controles remotos e mouses ópticos. Salve a nossa coragem!
Mas de real e concreto atualmente nada temos ou somos; apenas restaram as histórias de conquistas, sofrimento e não acomodação destes aguerridos seres do passado. Que nos sirvam de alento diante das dificuldades...
Crônica da Coragem (virtual)
Se eu fosse mais intrépido ou audacioso desbravaria o mundo, sem me preocupar com pequenos detalhes, como a temperatura da água do chuveiro ou se o quarto de dormir teria pernilongos. Se eu fosse mais aventureiro não me preocuparia com a volta e sim com o desenrolar da viagem. Aliás, já li em algum lugar que a diferença fundamental entre o viajante e o turista seria esta: este último já chegaria pensando no retorno.
Sempre me deparo com relatos de jornadas rumo ao destino incerto, perpetradas por pessoas destemidas e isso me traz muita admiração: imagine o que seria embarcar numa discutível embarcação de madeira há séculos atrás, em busca de terras desconhecidas, mesmo imaginando que o mundo fosse quadrado ou que o oceano abrigasse terríveis monstros ocultos? Ou como seria atravessar o mundo solitário num balão ou os mares num pequeno avião? Até mesmo emigrar para um local distante, sem saber o que esperar do futuro?
A coragem dos desbravadores é que impulsiona o mundo; o seu suor muitas vezes se fez necessário para que uma região fosse mapeada ou uma estrada construída, às vezes até de forma humana e ecologicamente irresponsável, como no caso da Transamazônica, que, diga-se de passagem, hoje jaz inútil, resultando em vão sacrifício de tantas vidas. E o que dizer das pirâmides do Egito?
Hoje temos acesso virtual e instantâneo a qualquer parte do globo, sabendo de toda ventura ou desgraça em ”tempo real“... Viajamos continuamente pela Internet, com acesso a todas as culturas e línguas, povos e regiões, crenças e costumes.
Somos desbravadores virtuais, armados de controles remotos e mouses ópticos. Salve a nossa coragem!
Mas de real e concreto atualmente nada temos ou somos; apenas restaram as histórias de conquistas, sofrimento e não acomodação destes aguerridos seres do passado. Que nos sirvam de alento diante das dificuldades...