A hora da virada

Depois de uma época de seca chega à bonança. Tudo depois do presente ganho, andei e passeei e finalmente voltei a vida. Sinto agora, até o coração bater. Ele que era duro e novamente começa a amolecer, uma pessoa conhecida me faz estremecer, ele começa a entrar em um lugar que era só meu, um lugar que durante um grande tempo ficou no escuro, bem escondido. Não sei se era a carência ou as coincidências, só sei que em uma semana o coração estava amolecido. Mas a pedra, que sempre há, se deu em outra. Sem chão, assumi a verdade: pela maldade, entendi que a traição de outrora.

Em casos de dúvida, resolvi embarquei - fui a BH. Não há nada mais doce que lá... A casa iluminada com a cachaça e os sorrisos, entre loucuras e mulheres, tomei chopp quente na cozinha. Achei um novo caminho. Mineiro, doce, louco, ando bem mimada, com muito carinho.

E em pleno susto, me amparo em novas mãos, em poucos nãos, e em novas vistas. E no final o que vai ser? Ando sem direção, sem seta em plena contramão. Ando faceira pelas estradas e sobre o futuro, nem as cartas me dizem.

O vento é quem me leva e o fogo me protege os deuses me fazem o caminho e eu apenas sigo, apenas e quase apaixonada, sentindo o medo aflorar pelas entrelinhas. Ando feliz em constantes conversas na madrugada e agora eu soa aguardo, a finalmente: hora certa da virada.