ENTRE POMBOS, PATOS E GANSOS

ENTRE POMBOS PATOS E GANSOS

O vento soprava as arvores do parque, quase ninguém saiu naquela manhã de agosto,

apenas uma mulher e seu filhinho andavam pelas trilhas cobertas de folhagem

e calçada de troncos lascados aonde os passos não se combinavam devido o tamanho das pernas.

Aquilo formava uma das poucas belas visões do alto dos casebres

e alvenaria sem reboco.

No pequeno lago, minúsculas ondas faziam a festa para o surf das libélulas.

A mulher e a criança param na pequena ilha do lago, sentam-se no imenso banco de carvalho.

Ela chora, a criança sorri quando sua mãe pega algo na bolsa.

Ela chora ao olhar seu barraco de madeirite lá no alto do morro, então joga algo no chão,

Logo uma dúzia de pombos e patos se acerca do banco tosco de carvalho;

“Que carvalho”; pensa ela.

O vento toca seus cabelos e em seu zunir, fala;

“Que carvalho...”

Ela chora, e perdida em meio aos pensamentos larga a mãozinha da criança

que é levada pelos gansos que acabaram de chegar.

“ Que carvalho”...