Aparando as arestas

A vida está perdeu há algum tempo seu eixo, culpa do exílio que permeio no horário comercial das semanas nos últimos meses, talvez por isso eu só tenha vontade de escrever a lápis. Onde meus devaneios podem ser alterados de acordo com o humor da semana. E no grafite do lápis carinhosamente aparado guardo as intimidades do fim de cada caso não contado.

Você realmente acredita que toda minha alma está escachada nestes textos? Não, nem sempre escrevo exatamente o que penso, ou sinto. Guardo na alma algumas cenas, retalhos de alguns gostos, algumas lembranças, só minhas ou quem sabe nossas (afinal não tenho como controlar o que ele sente e muito menos o que ele lembra).

Só sei que nesta época de aparar arestas e me deixar cortar, até porque o ruído do vento sempre levou o meu discurso decorado. Então deixo você escolher como quer aparecer. Até porque o seu tempo é tão diferente, o meu é o ontem... e o que faremos sobre isso? Nos breves relatos, os olhos dos outros, já transformaram você em história, e quando eu digo que ainda sinto, é como de um corte acabasse com seus sorriso, inocente falam. Por isso, o lápis me é essencial, nele posso reescrever as histórias e fazer do apenas do final feliz mais um conto de fadas mal escrito.