CEM ANOS DE AMOR!
Quem disse que mulher não gosta de futebol? Ausência de feminilidade (mulher foi inventada pra ficar na cozinha, levando cerveja ao marido enquanto ele esbraveja em palavrões, xinga o juiz e manda o adversário para aquele lugar)? Atentado à intelectualidade, à eduação e hábitos refinados (quem gosta de futebol são os ignorantes; intelectual curte pintura abstrata e, quando muito, assiste a um jogo, vez ou outra, de xadrez).
- Será?
Em minha casa não fui criada assim. Desde muito cedo meu pai (e mais tarde, meus irmãos mais velhos) levava-nos ao campo (não havia estádio) para assistirmos aos jogos do domingo. "As crianças têm que tomar gosto pelo esporte, desde cedo" – dizia.
- Era sábio, meu velho pai.
Torcíamos pelos grandes clubes de São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto aplaudíamos o time da cidade, o humilde AACV (Associação Atlética Campinaverdense). Família numerosa (10 filhos) e, claro, a rivalidade não demorou a se manifestar. Quando meu pai percebeu a minha simpatia por aquele time que - já naquela época (não faz tanto tempo assim, vai...) era pura paixão – tentou direcionar-me para os lados do São Paulo que, afirmava, era soberano, majestoso (meu pai sempre teve um pezinho no trono, não tinha nada de povão), mas não teve sucesso; sempre fui muito rebelde e fazia o que me dava na telha. Além do mais, minha alma de poeta, não deixaria de ser Corinthiana, jamais! O sofrimento, a angústia, a paixão exacerbada, faz parte da vida do corinthiano.
- Pura poesia!
Assumo que gosto sim, de futebol; assisto, torço, acompanho os programas, os debates, estou sempre “antenada” e, segundo meu marido, muitas de minhas opiniões e comentários são melhores, de longe, que dos comentaristas profissionais da área.
- E ele é Palmeirense!!!
PARABÉNS, SPORT CLUBE CORINTHIANS,
PELOS 100 ANOS DE HISTÓRIA FELIZ!