COLUNA FALA SÉRIO! NO TIC-TAC DO MEU CORAÇÃO.

No tic-tac do meu coração...

Têm algumas coisas que eu só queria entender, e podemos apostar que vocês também.

Por exemplo, quando pegam nosso pulso para ver como estão nossas batidas cardíacas e as controlam pelo relógio. São tantas pulsações por minuto, o convencionado. Mas... E se o coração estiver acelerado, ou e o pior, se a bateria do relógio estiver fraca ou a máquina com algum problema e seu tic-tac estiver acelerado ou atrasado? Taquicardia ou pulso fraco? Poxa!

Esse negócio de controlar o pulso também serve para os casos de amor, paixão, desejo e sei lá mais o que? E daí? São quantas pulsações no minuto? Pô seu doutor! Como é que fica?

Serve também para controlar nossos sentimentos com relação à sogra, aquele cunhadinho chato? E nesse caso, serão quantos tics-tacs?

Nem vamos falar em um quase atropelamento, um susto numa noite escura de frio numa rua deserta com um gato preto pulando na nossa frente, ou até mesmo um saco plástico branco rolando pelas calçadas.

Como podemos controlar no tic-tac do relógio nossos batimentos na derrota de nosso clube ou na sua conquista de campeonato? Qual será o compasso da alegria ou o da tristeza? Na alegria faria téin-téin e na tristeza tuuuummm-tuuuummmm ? O mais interessante é que ainda tem gente que nos manda colocar a mão ou o ouvido no seu peito para sentir ou ouvir a pulsação de seu coração. Se for de nossa mulher tudo bem, mas se o pedido ou até ordem e insistente vier de uma vizinha bonita? Difícil não?

Para ser bem franco, não estou nada interessado em saber como está o tic-tac do meu coração. Ele que faça tóin-tóin, téin-téin, tuuummmm-tuuummmm, porque para mim estará sempre fazendo tin-tin! Com direito a champanhe e tudo.

E nada de frisante. Afinal, com ele fazendo tic-tac há tanto tempo, eu mereço.

Antonio Jorge Rettenmaier, Escritor, Cronista e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes. Esta coluna está em 70 jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior.