VISÕES DE MUNDOS *
Por não termos muitas visões de mundo, nos limitamos às dos outros ou às que os dominadores nos colocam. Quando crianças, somos ensinados a fazer isso ou aquilo, na medida de nossas limitações e conhecimentos de nossos mestres. Com o passar dos anos, vamos ampliando nosso discernimento, porém nunca sabemos o quanto fomos influenciados, sejam pelos familiares, professores e mídia.
Se não temos apenas um modelo, quais dos modelos devemos seguir? Cada visão de mundo prega e impõe sua regra, qual regra seguir? Caso eu siga uma irei afrontar outra! Se pensar apenas em mim, irei esquecer-me dos outros?
No mundo da mentira, que é um dos maiores, tudo é válido para conseguir galgar seus objetivos. Já no dos caboclos, existem a humildade, a sinceridade e a praticidade, vivem um dia por vez, fazem apenas para a subsistência. Entretanto, no dos capitalistas, pensam apenas no lucro e na dominação. Por outro lado, existem os mundos dos sonhos, neles somos livres, realizamos coisas impossíveis e vivemos da esperança. Se passarmos para as visões de mundos das religiões a coisa se complica, pois cada uma delas quer ser a escolhida e a única, ou seja, a salvação. Na visão de mundo dos políticos ficaremos perplexos ou nos mudaremos para ele, pois nele existem muitas coisas atrativas como: promessas duradouras, o poder, a ganância, a submissão, o dinheiro fácil, a mentira, dentre outras. Se estiver no mundo das elites, quero ter vários empregados para me servir e manter minha condição social. Contudo, se formos para o mundo dos mendigos apenas sobreviveremos, muitas portas se fecharam e não poderemos reclamar dos direitos que não temos.
Em alguns mundos existem a miséria, a decadência e a falta de visões de mundos, uma vez que os sonhos já acabaram. Nessas várias visões podemos fazer escolhas e procurar abrir os olhos dos outros, ou os nossos.
Deste modo, se não ajudamos os outros pelo menos não devemos atrapalhá-los ou discriminá-los. Uma vez que, podemos ter visão deturpada do mundo em que vivemos e não agimos de forma adequada e digna de ser vivida.
*Rogério da Silveira Corrêa
Membro da ACEIB – DF - Disponível em:
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