O Despertar do Super-Homem
Noite calma. Termino de jantar. Ainda há suco de laranja no copo com gelo.
Sentado junto à mesa da sala de estar, a pensar na vida giro distraidamente uma caneta sobre a superfície translúcida do vidro.
Inesperadamente, ao investigar o movimento circular que a caneta realiza em torno de si, imagino-me olhando aquele mesmo movimento por sob o vidro.
Qual o quê ... seria possível? ...
Num ímpeto veloz ergo acima de minha cabeça a caneta, realizando continuamente o mesmo movimento e a certeza: seu movimento em sentido horário é simultaneamente anti-horário, só depende do ponto de vista, se visto de cima ou de baixo.
E eu que sempre quis ser o Super-Homem agora conseguira fazer o planeta Terra girar ao contrário _ e sem que eu saísse do lugar!
Que sensação tive! Meu êxtase foi tal qual se estivesse a respirar em baixo d’água ao passo que flutuasse por sobre nosso planeta Terra, a contemplá-lo à distância das lágrimas em meus olhos, ao alto, em espaço sideral.
Sem saber que era impossível possível o fiz.
O Despertar do Super-Homem.