Crônica qualquer...
Quero falar de qualquer coisa, fazer uma crônica banal que me distraia...
Não consigo! Falar do cotidiano, de flores, da chuva, dos assuntos corriqueiros, exige conhecimento do mundo exterior e meu mundo psicológico me consome completamente.
Tenho um espírito sonhador, demasiadamente humano, cheio de falhas e virtudes. Guardo na minha cabeça mil idéias e devaneios, no meu coração uma dor constante, dor vazia e sem sentido, mesmo assim, dor pungente. Talvez esta inexplicável dor seja resultado da minha constante melancolia e solidão, sou inapta a realidade. A minha prisão é esse corpo que me limita.
Queria sentir a noção de pertencimento, encontrar meu lugar, me encontrar!
Não são apenas perturbações psicológicas, é algo além, muito maior que a minha limitada compreensão.