Palpite

Por volta de 1978 o modelito Corcel da Ford estava saindo de linha, em seu lugar um modelo mais moderno, maior, outros padrões de cores. Mas o antigo exercia uma atração sobre mim.

Um dia houve uma oportunidade. A Irmã de uma colega do trabalho resolveu trocar de carro e vender o corcel dela, me interessei de imediato, decidi que o carrinho seria meu e pronto.

Mas como cautela é sempre prudente levei um mecânico conhecido, uma amiga e o namorado dela, todos para analisarem a minha nova aquisição.

Chegando na garagem da proprietária do carro todo mundo deu um palpite, eu fiquei aturdida com tanta gente falando ao mesmo tempo, não sabia o que fazer. No final de tanta análise, tanto diálogo, acabei desistindo, comprei um outro modelo, uma outra cor. Fui influenciada negativamente.

Aquele modelito da Ford continua em minha mente, embora tenha passado mais de 3 décadas.

A conclusão é a seguinte, tem coisas que devemos fazer por conta própria e ponto final. Palpite impede de realizarmos alguns sonhos.

O Corcel foi um destes sonhos, ficou no passado, algo que poderia ter sido e não foi.

Marina Gentile
Enviado por Marina Gentile em 28/08/2010
Reeditado em 29/08/2010
Código do texto: T2465212
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