COLUNA FALA SÉRIO! CAMINHANDO NAS NUVENS!

CAMINHANDO NAS NUVENS!

Na certa podemos apostar que vocês nunca fizeram isto, ou se fizeram, não têm coragem de confessar! Mas que foi bom foi! Não foi?

Por outro lado, muitos devem estar dizendo agora que essa história de caminhar nas nuvens só serve para namorados apaixonados, ou aqueles que não conseguem mesmo por os pés na terra firme.

Mas podemos garantir para vocês, que caminhar nas nuvens, viajar por entre elas, e nelas descortinar as mais incríveis imagens e sonhos, é algo sensacional. Isto pode acontecer na hora em que a gente resolver dar uma descansada de um passeio no parque, deitado de papo pro ar, sem nada a pensar. Mas infalivelmente vamos nos pegar olhando as nuvens, buscando formas diferentes ou nelas procurando reconhecer imagens de animais, barcos, peixes, carros, e até os longos cabelos de uma linda mulher. Por falar nas mulheres, elas são capazes das nuvens tirarem as paredes de sua casa, as flores de seu jardim e os lábios do homem amado.

Poxa! Quanto romantismo hein?

Vamos confessar que nossa coluna desta semana seria bem ácida, falando de política, cretinices e canalhices, mas depois, apagamos tudo e perguntamos: Para quê?

E então, já no por do sol destes últimos dias de verão, resolvemos dar uma caminhada por entre as nuvens. Da geladeira tiramos uma latinha de cerveja bem gelada, e uma bela quantidade de salamito cortado em rodelas, colocamos o isqueiro e os cigarros no bolso, e de bermuda, sem camisa e de chinelos, fomos dar aquela volta que há muito tempo tínhamos vontade de dar.

Putz! Há quanto tempo não se sentia mais essa sensação de liberdade! Deixando a imaginação nos levar soltos, nos sentimos tocando com força o espaço antes só do soprar do vento. Mais alguns passos, e lá estávamos nós, sentados à beira de uma nuvem, quais crianças deixando as pernas balancearem a margem de um regato.

Nada de nos sentirmos donos do mundo, da verdade, da tristeza e da alegria! Nada disso! Mas só donos desse momento em quase podemos acariciar a Lua, provocando ciúmes no Sol que já foi se recolher, e dar um peteleco em uma das pontas da Estrela D’Alva só para ouvir se o seu tinido é mesmo de puro cristal, como dizem os poetas.

Entre um gole e outro de cerveja geladinha um pedacinho de salamito, ou será que não seria entre um pedacinho e outro de salamito, um gole de cerveja. E daí? Isso não importa e nem interessa. Pode efeito da cervejinha gelada aqui no alto, mas até já cantamos aqueles marchinhas carnavalescas de antigamente, o que lembramos é claro, e batucando o compasso na latinha de cerveja. Uma diz que a Estrela D’Alva, no céu desponta com suave esplendor... larari laralááá´... E depois aquela Lua bonita se você não fosse casada, faria uma escada prá ir no céu te beijar! Pôxa! Que legal, gente! Pôxa!

Êpaaa! Esta nuvem está se afastando demais de casa! Hora de pular prá outra, senão depois não conseguiremos voltar! Sabem como é, né? Oooooppp! Deu!

Não dizem que de músico, poeta e louco, todos nós temos um pouco? Pois é! Hoje foi nosso dia!

E o seu?

Coragem gente!

Não dói nada!

E como é bom!

Como é!

AJRettenmaier
Enviado por AJRettenmaier em 26/08/2010
Código do texto: T2461118
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