O silêncio também mata
Mas o silêncio também mata.
Basta ele vir sem ser chamado.
Basta ele vir de quem você esperava uma resposta.Ele mata lentamente. Por isso repito: cuidado com o silêncio, ele dói. As meias palavras que não conseguem ser ditas, mais amadureci, cansei de gritar, queria apenas entender.
Entender o silêncio dele...Já que o silêncio dele me afasta. Afastando, dói. Doendo, me mata, aos poucos. Incompreensível... a falta de ruídos. A falta da necessidade de ouvir... Eu que sempre precisei falar, me limito.Corto as arrestas da minha imprudência...Enquanto, não se faz um som...Estou disponível e durmo. Encontro a paz enquanto sonho, com a fumaça do cigarro, como boas coincidências em dias de risos...
E dentro de toda complexidade entre e espaço de dois corpos, de duas vidas, envolvidas pelo silêncio. Acabei entendendo que o dia não acaba quando o sol se põe antes da lua, vem o vento. E o vento muda tudo... mesmo em silêncio...