INFÂNCIA PERMANENTE
Somos ao passar dos anos permeados pela insensatez da vida profissional e conjugal, cujas atitudes são delineadas pelo status da responsabilidade, sendo este deslocado para o âmbito pessoal do relacionamento humano.
Obrigados a demonstrar e sustentar o status da responsabilidade, os seres humanos declinam para a insignificância, passando a questionar suas personalidades, seus amores, seus desejos, suas ambições.
Rebusco na infância meus sentimentos puros e ingênuos que atrelavam minhas atitudes tão-só ao querer subjetivo. Pulava quando queria, gritava quando queria, chorava quando queria, sorria quando queria. Ações que eram realizadas na sua integralidade, sem inibições e/ou discriminações. Conduziam nossas pretensões, ainda que fossem imediatas, de maneira despreocupada.
A interação da vivência do discernimento relativo da realidade com a higidez mental atingida na maioridade se faz imprescindível para a estruturação harmônica dos atos pessoais dos seres humanos.
Se estiver com vontade pule, grite, chore, sorria, ame, quebre, chute, abra, construa, termine. Mas, aja desprovido, ou quase, de inibições e medos, pois somente assim alcançará a essência dos seus atos.