E se nao amassemos
Sempre me disseram, que amar é uma experiência dolorosa, que a gente se envolve com a pessoa, cuida, se entrega completamente e no final o que sobra, é magoa, desilusão, frustração e tempo perdido.
Algumas amigas passaram por essa situação e relatam a mesma opinião, adicionando ainda, que os homens são uns conquistadores que só querem “abusar” da fragilidade feminina. Por essa e outras razoes me peguei questionando sobre relacionamentos. Antigamente as mulheres sofriam com seus maridos, seus casamentos de contrato, praticamente não tinham o menor interesse sexual, eram obrigadas a cumprir seu papel de esposa, abdicando de qualquer sensação que considerasse pecaminosa, condenável, verdadeiras maquinas apáticas. Sofriam suas dores intimamente caladas.
Hoje em dia após muitas revoltas, muitas revoluções, fomos tomando nosso espaço, conquistando direitos, ganhando opiniões e tendo a oportunidade de expô-las. Na tentativa de redenção para as outras companheiras que se mantém sob jugo da incompreensão e do machismo.
Nossas vidas sentimentais, fora sendo destrinchada pela mídia, e também pelas próprias mulheres no seu ambiente, nas suas particularidades.
Mas como todos os seres humanos, nunca estamos satisfeitos, sempre queremos mais, e isso de uma certa forma é bom, pois nos empurra para frente, nos faz crescer, a quebrar tabus e preconceitos nas suas diversas áreas.
A nossa vida íntima deve ser reivindicada, não só pelas mulheres, mas por ambas as partes. Então amar não pode ser uma vivencia dolorosa, previsível, amar é sempre uma experiência única nas nossas vidas e exige, compreensão, criatividade e também concessões, pois não se pode ganhar sem perder, isso faz parte de um equilíbrio natural. A vida é assim.
O ser humano é dotado de bens surpreendentes. O dom de pensar de amar de sofrer... Essas emoções variam conforme o grau de aceitação individual de cada um, que é caracterizada pelas ações, podendo causar frustrações ou momentos memoráveis, na vida a dois. Não estamos sempre preparados para lidar com as emoções e as confusões que elas proporcionam, talvez esteja ai a verdadeira felicidade e o prazer de descobri-la nessas ambivalências tão perturbadoras e intrigantes que compõem a vivencia a dois.
Luk Ramos