Todas as mães do mundo

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Todas as mães do mundo..

Quando Mateus me disse: “preciso de um favor seu”, pensei: “lá vem”... Mas ele, adivinhando meus pensamentos, e com toda calma que lhe é peculiar, acrescentou: “é um texto... preciso que você escreva um texto... Só isso...”...

E completou: “um texto que fale a meu respeito”.

(silêncio)...

“Favor?” – pensei – “Esse menino sabe o que está me pedindo??...”

Com certeza, não sabe...

Escrever ou falar sobre Mateus é um dos maiores prazeres da minha vida. Portanto, esse pedido não foi um favor a ele, foi um presente que eu acabara de ganhar...

E me coloco, neste momento, como porta voz de todas as mães. Não de todas as mães existentes no mundo. Mas de todas as mães existentes em mim – no meu mundo – ou, como diria Marisa Monte, no meu infinito particular... Sim, isso soa egoísta demais. Eu sei. Mas que mãe não tem o ego inflamado ao ponto de achar que seu filho é o centro do mundo? Alguma criança é mais importante, mais linda, mais inteligente, mais tudo nesse mundo do que o nosso próprio filho? Então... por favor, não me julguem. Sou uma mãe. Se normal ou não, não sei. Mas sou mãe. E acho que isso explica tudo.

Bom, em meu mundo de mãe – infinito, único, e intransferível – mora Mateus. E aí não precisaria falar mais nada. Porque o nome – Mateus – já englobaria tudo aquilo que eu gostaria de falar positivamente a respeito de uma pessoa, ou tudo o que penso a respeito de pessoas de verdade. E quando digo pessoas de verdade, falo daquelas que reúnem características que todos consideramos essenciais à existência. São, geralmente, pessoas agradáveis, legais, inteligentes, com senso de humor aguçado (às vezes irônico, às vezes crítico, às vezes pateta...), pessoas honestas, que olham as pessoas de frente, olhos nos olhos, pessoas que sabem a hora de falar e a hora de calar, a hora de serem fortes, e a hora de se mostrarem sensíveis... Gente que sabe fazer carinho... que sabe ouvir...

Sabe “gente boa”? Acho que essa expressão define Mateus. Meu filho é GENTE BOA – que aprendeu a não decepcionar as pessoas que o amam, mas primeiramente aprendeu a não decepcionar a si mesmo... Porque ele foi criado e veio a esse mundo para ser GENTE... E como é gostoso verbalizar isso... Meu filho é GENTE!

É a pessoa que, se não fosse meu filho, eu iria querer como genro, sobrinho, amigo... Porque, definitivamente, ele fez e faz a diferença na minha vida e na vida de todos os que convivem com ele. Como não me sentir presenteada por ter um filho assim? Nem sei se sou digna disso, mas – com orgulho – digo: Mateus é meu filho. Meu mundo, meu presente, meu infinito.

É isso.

(Adriana Luz)

(P.S.: FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU BEM. TE AMO...)

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