Eu não sei bem por onde começar...
Sim, este é um texto de final de noite e estava pensando muito o que escrever a respeito. Algo novo, mas fugaz. Algo que pudesse deixar uma marca consciente por aqueles que, por ventura, viessem a ler este texto. Se bem que, de alguma forma, eu deveria começar não? Mas, como começar este texto, o que escrever, o que marcar, por fim, em palavras dúbias, ou concretas?
Seria melhor fazer uma poesia? Uma resenha, uma crítica sobre mim mesmo? Ou que tal um causo? Uma história de ficção cientifica que encobre o meu verdadeiro eu? Talvez isto, ou nada disso.
Queria poder, de toda e qualquer forma, escrever com belas palavras, emotivas, que fizessem ter de valer tudo o que eu sinto neste exato momento. Mas como? Como fazer isto sem se mostrar pedante? Sem se mostrar que estou escrevendo aqui somente para surpreender? Mesmo ela sabendo que eu sei fazer isto e, por demais, sou bom com as palavras que, assim, chego até enganar as pessoas?
Eu bem poderia não escrever nada disso aqui. Distorcer palavras, conduzir advérbios, prover semânticas, mas não quero nada disso, eu quero que ela sinta tudo o que eu sinto por ela. Não quero uma poesia de amor, que destas existem centenas de milhares aqui neste site. Nem tão pouco contos, canções, ou qualquer coisa ligada a palavra amor. Todos aqui já sabem fazer isto muito bem. E, não, eu não quero distância de nada disso.
Simplesmente quero que ela sinta as nuances. Que sinta as palavras ecoarem em sua mente e que saiba que tudo o que eu sinto por ela e ela por mim não é nada em vão. A distância corrompe todo o relacionamento, mas nem o tempo e nem o espaço corrompe o nosso. Ela me conhece tão bem quanto eu a ela, mas nunca, jamais, nos encontramos. Mas, ainda assim, estamos tão ligados quanto um casal, fisicamente falando, jamais o foi.
O que significa isto, o que significa esta transcendentalidade? Quem pode explicar essa ligação tão grande e maravilhosa que, digo por mim, sinto por ela? Ninguém, nem o deus humano no céu, nem o diabo humano no inferno. Tudo o que eu sei que, ela me completa de tal forma que não sei explicar.
Sim, este é um caso estranho, duvidoso e que, para muitos, não leva a nada. Mas são quatro anos assim. Quatro anos de uma ligação que nem mesmo a mais poderosa mandinga conseguiria quebrar. Sinto por ela algo que nem por pessoas mais próximas não o sinto mais.
Ela esta em meu coração e ele está ciente que, por mais que nos desencontremos, jamais vai deixar de amar ela.
Então, sem nem bem onde começar, e nem querendo falar de amor, digo-te, Cintia Rufino, eu te amo... e não sei explicar o porque.