Criando Asas
Às vezes, fico observando como algumas pessoas passam toda uma existência afastando delas, todas as pessoas que verdadeiramente a amam. Subestimam a capacidade do outro amar, subestimam a capacidade do outro lhes fazer feliz.
Muitas vezes, estas pessoas não conseguem ver além do véu do superficialismo, e rotulam aqueles que os amam como pessoas sem importância, que precisam delas apenas pras coisas práticas da vida, ou seja, uns “pobres coitados”.
Aí, o tempo, que apesar de tudo isso teima em continuar passando, vai permitindo a todos, inclusive àqueles “pobres coitados”, a oportunidade de crescer, evoluir, e isto em todos os sentidos: material e espiritual. E qual não é a surpresa daquelas pessoas, que os julgavam uns “pobres coitados”, quando percebem que eles não precisam mais deles, que eles sonham, divertem-se, trabalham, caminham com seus próprios pés; que eles amam e são amados, são admirados pelo que são, se amam e propagam estes sentimentos por onde vão.
Então, aqueles que não os valorizavam, agora sentem precisar muito deles, não do que eles têm, mas do que eles são, da forma como vivem, como se expressam e como vivem intensamente suas emoções e não temem demonstrá-las, muito pelo contrário, administram suas experiências de modo a se enriquecerem cada vez mais interiormente.
Agora que o tempo passou, eles não são mais os pobres-coitados que estas pessoas tanto subestimaram, e sim, pessoas na sua expressão mais completa. Gente que sente, vive, e é respeitada, amada. Mas o mais importante: gente que se ama, se respeita, e por isso mesmo, está ainda mais preparada e capaz pra amar estas pobres criaturas que desconhecem este sentimento chamado amor, que elas tanto queriam ter, mas que felizmente, não está a venda.