AOS SEUS OUVIDOS SÓ RESTOU ‘NÓS DISSEMOS ADEUS”
Saiu de casa sem destino, não corria atrás de nada, tinha consciência do que perdera e era uma boa perdedora . Mãos crispadas ao volante enquanto ouvia “We Said Goodbye”, na interpretação de Dave Maclean ... Quando a música acabou repetiu baixinho: why did you say good bye to me / why, why oh why.... Precisava pensar, entender o que se passava dentro de si, precisava de solidão para isso. Não pisou fundo no acelerador. Rodou por quilômetros... E, como se o carro tivesse ligado no piloto automático, seguiu em direção ao seu refúgio: a casa de praia; lá sentia-se mais livre para pensar . Foi tomada por recordações agradáveis ao chegar ao seu destino e rodar a chave na fechadura... Sorriu de suas lembranças, jogou a bolsa sobre o sofá, e saiu fechando a porta atrás de si. Caminhou pela beira da praia até alcançar a “Enseada dos Golfinhos”, subiu a falésia, sentou-se, e diante da imensidão do mar, que descortinava à sua frente começou a despetalar uma flor rasteira, dessas que nascem nas encostas dos morros , naquela de “bem me quer/ mal me quer. E pensou... pensou ... Tinha a dimensão exata dos seus sentimentos e por serem ainda tão fortes amedrontava . Sentia saudade boa, mas triste; sabia que tinha muitos amores, mas lhe faltava um e esse um fazia a diferença. E sentiu-se fora da realidade deste mundo, o amor daquele que se perdeu na bruma pesava no peito e teria que sufocá-lo. A noite se fez , desceu a encosta, entrou no carro tomou o rumo da casa da cidade. Aos seus ouvidos só restou “Nós dissemos adeus” ...
Saiu de casa sem destino, não corria atrás de nada, tinha consciência do que perdera e era uma boa perdedora . Mãos crispadas ao volante enquanto ouvia “We Said Goodbye”, na interpretação de Dave Maclean ... Quando a música acabou repetiu baixinho: why did you say good bye to me / why, why oh why.... Precisava pensar, entender o que se passava dentro de si, precisava de solidão para isso. Não pisou fundo no acelerador. Rodou por quilômetros... E, como se o carro tivesse ligado no piloto automático, seguiu em direção ao seu refúgio: a casa de praia; lá sentia-se mais livre para pensar . Foi tomada por recordações agradáveis ao chegar ao seu destino e rodar a chave na fechadura... Sorriu de suas lembranças, jogou a bolsa sobre o sofá, e saiu fechando a porta atrás de si. Caminhou pela beira da praia até alcançar a “Enseada dos Golfinhos”, subiu a falésia, sentou-se, e diante da imensidão do mar, que descortinava à sua frente começou a despetalar uma flor rasteira, dessas que nascem nas encostas dos morros , naquela de “bem me quer/ mal me quer. E pensou... pensou ... Tinha a dimensão exata dos seus sentimentos e por serem ainda tão fortes amedrontava . Sentia saudade boa, mas triste; sabia que tinha muitos amores, mas lhe faltava um e esse um fazia a diferença. E sentiu-se fora da realidade deste mundo, o amor daquele que se perdeu na bruma pesava no peito e teria que sufocá-lo. A noite se fez , desceu a encosta, entrou no carro tomou o rumo da casa da cidade. Aos seus ouvidos só restou “Nós dissemos adeus” ...