O Filme
A vida brincando de filme.
Conto ligeiro – em poucas palavras descortinava o enredo.
Filme de antigamente, quando a cortina se abria e não se sabia o que Vinha Pela frente...
Não era um folhetim
Final tranqüilo
Até feliz - o destino da nossa vida se cumpria
Opostas...
A cortina de vinho intenso, teimava em não fechar
Idas e vindas; o filme se repetia diferente...
Novas emendas numa fita tão pequena!
Por que haveria de ser mágica?
Sonhavam apenas, alguns minutos de lembranças...
Na suavidade do tempo passado; sem presente, sem futuro
Personagens bizarras!
Vidas desnudas em papel sem ponta
Não era uma trama interessante
Mas não era vulgar
Especial, tenho certeza...
Aquela vida toda em uma pequena tela:
Os personagens pulavam para dentro, totalmente enloquecidos
Não sabiam mais de cor suas falas e outras línguas subiam pela garganta...
Novos sons, melodias e cores
Corpos molhados da chuva, que entrava pela janela de fora
Confundia-se com pranto
Não queriam ser brincantes
Era momento da ausência; fechar do pano
Voltar à vida, os figurantes!
Sem voz e emoção...
Sair da sessão
Medo da dor do desfecho
Corpos caindo na cadeira, feito fim de feira... Era o fim da fita
Ou recomeço?