As Histórias do Vovô.
Meu Vovô Sebastião nascido em 1929, viveu mais de 90 anos, ainda quando criança me lembro que minha Mãe frequentava praticamente todos os domingos a casa dele.
O bom velhinho sempre comprava doce, rapadura, frutas, fazia de tudo para nos agradar, era muito bom quando criança e tudo acabou depois da separação dos meus pais.
Mas a vida continua, nada parou as coisas foram acontecendo e vovozinho registrando tudo com muita precisão, sei que longos anos se passaram e o cansaço físico e mental chegou, a deterioração foi inevitável, com quase cem anos já meio esqueroçado das ideias ele gostava de horas contando suas longas histórias, coisas inusitadas, caipiras com bastante ilustrações e cheias de detalhes, ele mesmo lembrava de tudo nos mínimos detalhes os acontecimentos do passado.
Eu não sei por que ele via em mim um bom ouvidor vamos dizer assim, por que gosto de histórias, acho que também eu estava em uma época muito boa da minha vida, com bastante paciência para ouvi-lo, coisa que ninguém tinha.
Bom posso contar muitas histórias que o bom velhinho descreve e afirma ser verdadeiras, não duvido por que alguém com uma vida longa dessas prestes a comemorar um centenário, certamente tem uma biblioteca na cabeça.
O que fico pensando é: Será que vou viver o suficiente para contar minhas histórias aos meus filhos e netos?
Será que vou te tempo para tudo isso? Será que vou viver um centenário?
Esse é um segredo que nem eu nem ninguém consegue desvendar.
Há um labirinto obscuro pela frente, que muitas vezes nos parece assustador por que é mesmo que andar pelo escuro sem saber no que pisar, assim é a vida, não sabemos o que vem pela frente.
De uma coisa eu sei, meu vovô me contou muitas histórias que posso descreve-las futuramente, para muitos será mais que pura ficção de literatura brasileira.
Um centenário comemorativo por ser uma fonte de inspiração para qualquer tipo de criação literária.