O PRAZER DE VIAJAR
Gosto de viajar. Mais que graça tem viajar de avião? Gastamos mais tempo entre sair de casa e chegar ao aeroporto, entrar naquele saguão imenso onde ninguém se conhece, esperar um tempo interminável até a hora do embarque. Tem-se que preparar algo para se distrair, caso esteja sozinho. Um livro, uma revista, um jornal. Senão a opção é ficar sentado num canto olhando aqueles monitores chatos que mostram os vôos. Pode-se também fazer logo o checking e livrar-se de ficar carregando a bagagem pra lá e pra cá (inclusive na hora de ir ao banheiro).
Quando finalmente entramos no avião já se passou um precioso tempo que não voltará mais, e que poderíamos ter aproveitado de forma melhor que a espera de entrar no avião. Lá dentro, espremidos em poltronas que nos limitam os movimentos, resta-nos aguardar ansiosos que o comandante da aeronave anuncie o início dos procedimentos para decolagem. Parece incrível mais esse é o momento em que o ser humano, seja de qual religião que professe ou mesmo os sem religião, entre em contato com Deus, por intermédio de preces ou pensamentos.
Nas nuvens nos sentimos nada, entregues totalmente a perícia do piloto e a Deus. Olhando pela janela vemos a terra lá embaixo. Como tudo é tão pequeno! Como o mar é tão azul e tão belo! Isso quando o tempo está bom, porque quando é mau tempo, não dá para se ver nada. Só resta rezar para que não entremos em turbulência e a viagem acabe logo. Procuramos aproveitar o tempo lendo, escutando músicas ou tentando ver o filme exibido. Mais o que queremos mesmo é que a viagem acabe. Entre um gole de refrigerante e outro, o tempo passa que nem sentimos. Acho que é por isso que as companhias aéreas distribuem aqueles pacotinhos de salgadinhos de isopor colorido de amarelo, é para ficarmos comendo um a um e não percebermos o tempo que passa.
De repente estamos em terra. O avião pousou sem incidentes. Para os que têm medo de viagem aérea, o pesadelo acaba aqui. Agora é pegar a bagagem e cada um seguir seu caminho. E a graça da viagem, onde ficou?
Bom mesmo é checar o carro, colocar a bagagem necessária na mala, descansar antes da viagem e, no dia seguinte, mal o dia esteja raiando, pegar a estrada. Ah! Isso sim é viajar!
Gosto de pegar minha amante (uma caravan 91 automática), dar uma boa revisada, e pegar a estrada com ela. Deixar lentamente a cidade com suas mazelas, seus engarrafamentos, sua agitação, e afastar-me lentamente pela Niterói-Manilha. Quilômetro a quilômetro vou saindo da cidade enquanto escuto uma boa música.
É tão bom sentir a brisa da manhã trazendo o cheiro de mato, o cheiro de gado, o cheiro de frutas silvestres e até mesmo de mel. A estrada vazia, só de vez em quando aparecendo um carro na pista contrária ou quando aparece algum afoito na pista atrás de mim, sinalizo para que ultrapasse. Não tenho pressa! Estou passeando. Vivendo!
As pequenas cidades se sucedem, uma após outra. Paro de vez em quando para esticarmos as pernas, ativar a circulação, beber um cafezinho. Uma água no rosto para despertar do torpor da estrada. Alguns minutos depois voltamos à pista.
Na estrada vê-se de tudo: cidades com arquiteturas diferenciadas, pessoas sem maldades, crianças inocentes que nos olham desconfiadas enquanto passamos. Às vezes podemos observar o descaso dos governantes quando constatamos tanta miséria. Pensamos em fazer algo, mais somos tão ínfimos perante as necessidades. Não deixamos porém de fazer a nossa parte. Um alimento aqui, uma palavra amiga ali e assim prosseguimos viagem deixando para trás os menos afortunados.
O dia passou e os quilômetros se acumularam. É necessário descansar os corpos e o carro. Paramos em alguma pousada para um refazimento. No dia seguinte recomeçamos tudo outra vez até encontrarmos um local aprazível para descansar um pouco, aproveitar o percurso até chegar ao nosso destino.
Depois de alguns dias viajando sem pressa pela BR-101, finalmente chegamos a Recife onde nos aguardam com imensa alegria amigos fraternos como Everaldo e Kelly que nos reservam em sua casa e nos seus corações acolhimento enriquecidos de amor e carinho.
Ah! a volta! Depois de dias convivendo com pessoas amadas que a algum tempo não víamos, retomamos a estrada para fazer o caminho de volta. Na bagagem algumas lembranças para os que ficaram quando saímos de Niterói, que agora aguardam nosso retorno. Levamos também muitas recordações dos momentos maravilhosos dos que nos acolheram e que moram para sempre em nossos corações. Agora percorremos o caminho inverso. A viagem será uma nova aventura, um novo encontro com Deus nos caminhos do Brasil.
Gosto de viajar. Mais que graça tem viajar de avião? Gastamos mais tempo entre sair de casa e chegar ao aeroporto, entrar naquele saguão imenso onde ninguém se conhece, esperar um tempo interminável até a hora do embarque. Tem-se que preparar algo para se distrair, caso esteja sozinho. Um livro, uma revista, um jornal. Senão a opção é ficar sentado num canto olhando aqueles monitores chatos que mostram os vôos. Pode-se também fazer logo o checking e livrar-se de ficar carregando a bagagem pra lá e pra cá (inclusive na hora de ir ao banheiro).
Quando finalmente entramos no avião já se passou um precioso tempo que não voltará mais, e que poderíamos ter aproveitado de forma melhor que a espera de entrar no avião. Lá dentro, espremidos em poltronas que nos limitam os movimentos, resta-nos aguardar ansiosos que o comandante da aeronave anuncie o início dos procedimentos para decolagem. Parece incrível mais esse é o momento em que o ser humano, seja de qual religião que professe ou mesmo os sem religião, entre em contato com Deus, por intermédio de preces ou pensamentos.
Nas nuvens nos sentimos nada, entregues totalmente a perícia do piloto e a Deus. Olhando pela janela vemos a terra lá embaixo. Como tudo é tão pequeno! Como o mar é tão azul e tão belo! Isso quando o tempo está bom, porque quando é mau tempo, não dá para se ver nada. Só resta rezar para que não entremos em turbulência e a viagem acabe logo. Procuramos aproveitar o tempo lendo, escutando músicas ou tentando ver o filme exibido. Mais o que queremos mesmo é que a viagem acabe. Entre um gole de refrigerante e outro, o tempo passa que nem sentimos. Acho que é por isso que as companhias aéreas distribuem aqueles pacotinhos de salgadinhos de isopor colorido de amarelo, é para ficarmos comendo um a um e não percebermos o tempo que passa.
De repente estamos em terra. O avião pousou sem incidentes. Para os que têm medo de viagem aérea, o pesadelo acaba aqui. Agora é pegar a bagagem e cada um seguir seu caminho. E a graça da viagem, onde ficou?
Bom mesmo é checar o carro, colocar a bagagem necessária na mala, descansar antes da viagem e, no dia seguinte, mal o dia esteja raiando, pegar a estrada. Ah! Isso sim é viajar!
Gosto de pegar minha amante (uma caravan 91 automática), dar uma boa revisada, e pegar a estrada com ela. Deixar lentamente a cidade com suas mazelas, seus engarrafamentos, sua agitação, e afastar-me lentamente pela Niterói-Manilha. Quilômetro a quilômetro vou saindo da cidade enquanto escuto uma boa música.
É tão bom sentir a brisa da manhã trazendo o cheiro de mato, o cheiro de gado, o cheiro de frutas silvestres e até mesmo de mel. A estrada vazia, só de vez em quando aparecendo um carro na pista contrária ou quando aparece algum afoito na pista atrás de mim, sinalizo para que ultrapasse. Não tenho pressa! Estou passeando. Vivendo!
As pequenas cidades se sucedem, uma após outra. Paro de vez em quando para esticarmos as pernas, ativar a circulação, beber um cafezinho. Uma água no rosto para despertar do torpor da estrada. Alguns minutos depois voltamos à pista.
Na estrada vê-se de tudo: cidades com arquiteturas diferenciadas, pessoas sem maldades, crianças inocentes que nos olham desconfiadas enquanto passamos. Às vezes podemos observar o descaso dos governantes quando constatamos tanta miséria. Pensamos em fazer algo, mais somos tão ínfimos perante as necessidades. Não deixamos porém de fazer a nossa parte. Um alimento aqui, uma palavra amiga ali e assim prosseguimos viagem deixando para trás os menos afortunados.
O dia passou e os quilômetros se acumularam. É necessário descansar os corpos e o carro. Paramos em alguma pousada para um refazimento. No dia seguinte recomeçamos tudo outra vez até encontrarmos um local aprazível para descansar um pouco, aproveitar o percurso até chegar ao nosso destino.
Depois de alguns dias viajando sem pressa pela BR-101, finalmente chegamos a Recife onde nos aguardam com imensa alegria amigos fraternos como Everaldo e Kelly que nos reservam em sua casa e nos seus corações acolhimento enriquecidos de amor e carinho.
Ah! a volta! Depois de dias convivendo com pessoas amadas que a algum tempo não víamos, retomamos a estrada para fazer o caminho de volta. Na bagagem algumas lembranças para os que ficaram quando saímos de Niterói, que agora aguardam nosso retorno. Levamos também muitas recordações dos momentos maravilhosos dos que nos acolheram e que moram para sempre em nossos corações. Agora percorremos o caminho inverso. A viagem será uma nova aventura, um novo encontro com Deus nos caminhos do Brasil.
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Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
Visite o meu site: www.ramos.prosaeverso.net
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