A Nova Roupagem da Linguagem
Manoel Bandeira escreveu:
"Beijo pouco, falo menos ainda, mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda e mais cotidiana.
inventei por exemplo o verbo “teadorar”, intransitivo;
teadoro Teodora!"
A moda não está presente apenas nas roupas, nos sapatos
e assessórios que mudam a cada estação do ano.
Sendo a comunicação algo dinâmico,
a moda, mais do que nunca, faz parte dela.
Com o passar do tempo algumas palavras vão perdendo
o seu campo de referência,
acompanhando as transformações sociais, tecnológicas...
Quem usa mais palavras como: ceroula, janota, macambúzio...
Por outro lado, a geração mais jovem não entenderia
expressões como estas:
“É uma brasa, mora?" “Olha que broto legal, garota fenomenal!”
Tais expressões há pouco tempo usadas, se esvaíram.
Enquanto algumas palavras e expressões morrem,
outras nascem, deixando as pessoas mais idosas
desorientadas. Expressões como: “adoro refri”,
“amanhã é meu níver,” "ele me azarou”...
Na literatura alguns autores inventam palavra ou expressões
novas para dar realce a seus textos, Guimarães Rosa foi mestre
nesta arte. Vejamos alguns exemplos:
“Havia uma aldeia num lugar, nem maior nem menor
com velhos e velhas que “velhavam”.
“Viam só os lenhadores que “lenhavam...”
Isto sem entrarmos no campo das gírias, códigos usados pelos marginais, fora da compreensão dos que não pertencem
a tais ”tribos.”
Atualmente, com a chegada da informática e dos meios de comunicação digitais, uma avalanche de estrangeirismos
invadiu o vocabulário do dia a dia das pessoas
em todo o mundo!
A maioria das populações ficou à margem da digitalização
e da virtualidade.