"A GLÓRIA DO IR E VIR" Crônica de: Flávio Cavalcante
A GLÓRIA DO IR E VIR
Crônica de:
Flávio Cavalcante
É típico do ser humano se acostumar com as coisas boas e ruins, mesmo vivendo em situações constrangedoras. É de se imaginar o que leva o homem a viver enjaulado como bicho e a se acostumar a viver longe da sociedade de tudo e de todos, até das pessoas que eles amam.
Vemos todos os dias em Jornais, matérias estampadas falando sobre as brechas da lei, que favorecem essas pessoas, mesmo sendo bandidos de alta periculosidade.
O bom comportamento dentro do cárcere aos olhos da lei quer dizer que o dito está em total recuperação e o premia com a liberdade do ir e vir até sua residência para festejar alguma festividade em família, coisa que para os olhos da sociedade é uma forma errônea e retrógrada; que a lei fecha os olhos numa hora que ela deveria estar de olhos bem abertos.
Alguns, aproveitando essa chance, aprendem o caminho de ida e esquece o caminho da volta, sendo um caso preocupante, pois passa a ser um fugitivo, caçado uma presa dentro de uma mata por uma fera faminta.
Muitos voltam a praticar o crime assim que põe o pé na rua novamente causando danos á sociedade. Existem situações que o delinqüente não se habitua mais no meio social e automaticamente, não consegue sair do cárcere e mesmo recebendo todas as benéficies da lei, não conseguem ter uma vida social e acabam voltando para o cárcere para viver enjaulado novamente.
É de se perguntar o que passa na cabeça dessas pessoas que se acostumam com o sofrimento, esquecendo que a glória do ir e vir é um dos fatores mais importantes na vida do ser humano.
O que explica a psicologia com relação a estes distúrbios na cabeça do cidadão que se acostuma a viver sempre em delitos, mesmo depois de ter passado por um período longo de repressão dentro de um cárcere além da sua capacidade normal?
É inadmissível nós que pagamos todos os impostos pra esses governantes corruptos, na intenção de uma vida tranqüila e um trabalho eficaz, vindo daqueles que deveriam obrigatoriamente valorizar cada centavo tirado do nosso bolso, pra ter como resultado tantas brechas nessas leis errôneas e retrogradas, que tratam delinqüentes como pessoas comuns e por causa de um simples bom comportamento num período determinado dentro do cárcere ou por algum interesse político ou financeiro, abrem as jaulas, deixando ás feras ás soltas causando novamente danos, que na maioria das vezes chegam até a ser fatais, deixando bem claro que quem tem que ficar trancafiado dentro de casa é o cidadão que paga os impostos e existem casos que muitos tem que pedir autorização ao delinqüente pra sair de casa; pois o abuso das facilidades das leis cegas chegam ao cume do absurdo, que não enxergam eles ditando as regras pra sociedade como se eles fossem ás leis.
É UM DEUS NOS ACUDA!!
Flávio Cavalcante