A ANGÚSTIA QUE ME ATORMENTA (Estamos retrocedendo?)
IMAGEM DA INTERNET - Google
O local é a cidade de Belford Roxo, baixada fluminense, estado do Rio de Janeiro. A reportagem mostra um fato cruel, praticado contra um ser indefeso. Um adolescente de 16 anos jogou dois litros de gasolina sobre um cavalo e ateou fogo, provocando sérias queimaduras no animal. O cavalo não morreu e está sendo tratado por uma equipe de veterinários, mostrando boa recuperação.
A reportagem me induziu a escrever este texto para tentar dividir com meus poucos, mas fiéis leitores, a sensação de angústia que me atormenta, além do necessário comprometimento de cada um de nós, em pelo menos tentar formar e oferecer melhores condições de vida e bons princípios para as próximas gerações.
O país está chocado com os acontecimentos cada vez mais grotescos e estarrecedores que ocorrem em grande escala, alguns com uma violência inimaginável, mostrando pessoas cruéis e sem limites, que não controlam seus impulsos bestiais e disparates emocionais. A impressão que me dá é a de um caminho de volta à idade da pedra, em que se age antes de pensar. Desnecessário detalhar os casos mais recentes, pois são tantos que acabam por se misturar no universo perdido.
Tais fatos estão chamando a atenção da sociedade, haja vista que, após a demonstração de desequilíbrio emocional de alguns membros da delegação brasileira na eliminação da Copa do Mundo na África do Sul, diante de uma situação de pressão, coloca a questão para dentro de nossas casas. Isso para citar apenas um exemplo mais “suave”.
Abro um parêntese, para colocar em dúvida, até que ponto a internet pode ser também responsabilizada por esses descalabros, pois aquilo que, a princípio, veio para melhorar e agilizar a comunicação e os próprios conhecimentos, acabou por tornar-se um distanciador das relações humanas, alterando significativamente o comportamento das pessoas (penso que, na maioria dos casos, para pior). Os jovens de hoje, em vez de se reunirem na casa de alguém para conversar, ficam, cada um, em frente ao seu monitor, falando pelo MSN, ou qualquer outra rede de comunicação que esteja mais em evidência no momento. Eu disse “falando”, mas, em termos, pois a linguagem abreviada que utilizam mudando a grafia e inventando palavras é, por muitas vezes, incompreensível.
Afinal, algo deve ser discutido e criado, para que a formação dos seres humanos não tenha como base somente a força, a competição, o levar vantagem e o êxito incondicional. É necessário saber ter limites e, principalmente, respeitar os limites alheios. Olho em todas as direções e confesso que me sinto impotente para sugerir o que quer que seja, tendo em vista o estado emocional em que o próprio mundo se encontra.
Acredito que um dos grandes problemas é que, normalmente os fatos são esquecidos antes que se chegue a algumas reflexões necessárias. Os meios de comunicação fazem um grande estardalhaço sobre as tragédias e, de um momento para outro, num piscar de olhos, o assunto desaparece sem deixar vestígios. Exemplos não faltam sobre esse comportamento da “mídia”.
É importante no ambiente familiar, nas escolas, no grupo de trabalho ou mesmo em um grupo de amigos, discutir-se os vários ângulos de uma notícia trágica, pois isto traz à tona as opiniões sobre o respeito ao ser humano e à vida, acima de tudo. Quem sabe, assim, não nos sintamos tão impotentes frente às barbáries de nosso tempo, pois as reflexões nos levarão a mudar e, consequentemente, repensar a ética e os próprios valores morais.
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O local é a cidade de Belford Roxo, baixada fluminense, estado do Rio de Janeiro. A reportagem mostra um fato cruel, praticado contra um ser indefeso. Um adolescente de 16 anos jogou dois litros de gasolina sobre um cavalo e ateou fogo, provocando sérias queimaduras no animal. O cavalo não morreu e está sendo tratado por uma equipe de veterinários, mostrando boa recuperação.
A reportagem me induziu a escrever este texto para tentar dividir com meus poucos, mas fiéis leitores, a sensação de angústia que me atormenta, além do necessário comprometimento de cada um de nós, em pelo menos tentar formar e oferecer melhores condições de vida e bons princípios para as próximas gerações.
O país está chocado com os acontecimentos cada vez mais grotescos e estarrecedores que ocorrem em grande escala, alguns com uma violência inimaginável, mostrando pessoas cruéis e sem limites, que não controlam seus impulsos bestiais e disparates emocionais. A impressão que me dá é a de um caminho de volta à idade da pedra, em que se age antes de pensar. Desnecessário detalhar os casos mais recentes, pois são tantos que acabam por se misturar no universo perdido.
Tais fatos estão chamando a atenção da sociedade, haja vista que, após a demonstração de desequilíbrio emocional de alguns membros da delegação brasileira na eliminação da Copa do Mundo na África do Sul, diante de uma situação de pressão, coloca a questão para dentro de nossas casas. Isso para citar apenas um exemplo mais “suave”.
Abro um parêntese, para colocar em dúvida, até que ponto a internet pode ser também responsabilizada por esses descalabros, pois aquilo que, a princípio, veio para melhorar e agilizar a comunicação e os próprios conhecimentos, acabou por tornar-se um distanciador das relações humanas, alterando significativamente o comportamento das pessoas (penso que, na maioria dos casos, para pior). Os jovens de hoje, em vez de se reunirem na casa de alguém para conversar, ficam, cada um, em frente ao seu monitor, falando pelo MSN, ou qualquer outra rede de comunicação que esteja mais em evidência no momento. Eu disse “falando”, mas, em termos, pois a linguagem abreviada que utilizam mudando a grafia e inventando palavras é, por muitas vezes, incompreensível.
Afinal, algo deve ser discutido e criado, para que a formação dos seres humanos não tenha como base somente a força, a competição, o levar vantagem e o êxito incondicional. É necessário saber ter limites e, principalmente, respeitar os limites alheios. Olho em todas as direções e confesso que me sinto impotente para sugerir o que quer que seja, tendo em vista o estado emocional em que o próprio mundo se encontra.
Acredito que um dos grandes problemas é que, normalmente os fatos são esquecidos antes que se chegue a algumas reflexões necessárias. Os meios de comunicação fazem um grande estardalhaço sobre as tragédias e, de um momento para outro, num piscar de olhos, o assunto desaparece sem deixar vestígios. Exemplos não faltam sobre esse comportamento da “mídia”.
É importante no ambiente familiar, nas escolas, no grupo de trabalho ou mesmo em um grupo de amigos, discutir-se os vários ângulos de uma notícia trágica, pois isto traz à tona as opiniões sobre o respeito ao ser humano e à vida, acima de tudo. Quem sabe, assim, não nos sintamos tão impotentes frente às barbáries de nosso tempo, pois as reflexões nos levarão a mudar e, consequentemente, repensar a ética e os próprios valores morais.
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