Em tempo de eleições
Há alguns meses atrás chegou ao nosso conhecimento por diferentes meios de comunicação, a notícia da agressão a uma criança de dois anos pela procuradora que detinha a sua guarda provisória. Pela fragilidade e limitações inerentes à sua pouca idade, a criança caiu em uma arapuca - como acontece com os indefesos animais no seu próprio habitat.
Os homens, por se acharem superiores aos animais, armam-lhe arapucas, usam seu “poder” para capturá-los pelos motivos mais diversos, como faziam com os escravos que fugiam. Nos dias de hoje, eles também montam armadilhas para seus semelhantes, principalmente para os mais frágeis: crianças, idosos, marginalizados.
Asilos, orfanatos, refúgios e adoções que deveriam oferecer proteção e cuidados a estes indivíduos constituem-se em armadilhas montadas por pessoas de valores corrompidos, que se utilizam de ardis sofisticados e fazem o oposto ao que prometem.
Esta ética falida, origem dos nossos problemas nos vários setores da sociedade, tem representantes e disseminadores que escolhemos, direta ou indiretamente: políticos que nos prometem ser o refúgio para as nossas esperanças, mas que armam arapucas que nos aprisionam.
Até quando faremos escolhas equivocadas? Até quando seremos coniventes? Até quando seremos cúmplices? Até quando vamos chorar pelo leite derramado?
É tempo de eleições! É tempo de fazermos diferente! É tempo de exercermos nosso poder para transformar esta realidade.
Vote com consciência!