OS SETE CONTRAPONTOS
Ninguém detém o alvará de boa conduta constante e belos pensamentos; isso é o que nos denigre perante o espelho. O homem é a sua própria besta! Talvez esta frase resuma todas as nossas horas viventes em que passamos a realizar os ditos atos deprimentes. É comum dissertarmos sobre os famosos pecados capitais, como se não fizéssemos parte deles, como senão estivéssemos a endossar seu enredo cotidiano. Refletimos sobre eles somente quando somos atropelados violentamente pelos atos que os denunciam, sejam nossos ou de alguém sem distância específica. Paramos por uns dias e nos permitimos a pequenos intervalos de auto avaliação. Se os elementos de soberba, avareza, luxúria,ira, gula, inveja e preguiça nos ferem tanto, por que os utilizamos? Sete são as perguntas que faço, sete são as respostas que nunca observaremos:
Pode alguém com tanta soberba ser humilde?
Pode um avarento ser generoso?
Pode o luxento ser casto?
Pode alguém expressar sua ira com paciência?
Pode um glutão ter temperança em um banquete?
Pode a inveja expor sua caridade?
Pode a preguiça se exercitar com a diligência?
Ninguém pode tudo! Ninguém...
O fato é que abrimos todos os dias a nossa caixa de Pandora! Sem correlações determinadas, o tamanho da caixa não revela as proporções dos danos.
10 são as virtudes, 10 são os mandamentos e 7 são os pecados, mesmo em menor número eles nos vencem. Agora me responda se a caixa revela o tamanho da morte que proporciona? Gostaria somente de estar a escrever, mas a pedra não escolhe sapatos...