Um espectador e a banda

O dia nasceu ,são8:30 da manhã e a preguiça da segunda-feira vai se escondendo a proporção que a cidade abre suas portas.Os trabalhadores,eles levam a cidade!

Aqui estou,percorrendo o teatro,ainda fechado,cadeiras

quietas e o silêncio é quem atua no palco.Estou cansada.

Sentarei numa cadeira e dialogarei com a minha consciência adormecida.

Frente ao contexto luzes clareiam o ambiente,sigo em frente,vejo imagens:vilolino,saxofone,trombone,pratos e outros objetos que

produzem sons;todos imóveis e ao mesmo tempo em espera.

Aos poucos vão chegando os músicos e se juntam aos instrumentos,enquanto um maestro com uma varinha de condão

intercala com todos no palco.

Teatro pronto!Crianças descem de um ônibus e aos poucos se arrumam nas cadeiras do antigo trem,sentam,observam e indagam em seus silêncios.

A banda se apresentará agora,soa uma voz no palco,talvez um

homem-anjo que sonha e acredita que a banda pode tocar e eternizar.

Horas passam e aos poucos o palco se torna uma melodia harmoniosa,tal qual a sinfonia da canção dos pássaros que atravessam ruas em fins de tarde.

Entro na turma,o som vai encantando as pessoas da redondeza que

suspiram sensibilidade e melodia.

Maria,menina de 12 anos disse:

-já sei usar a batuta,com os olhos lacrimejados de emoção,enquanto

José não piscava os olhos em êxtase:

-quero fazer parte da orquestra,exclamou ele.

A banda uniu as mãos dos que ali se encontravam no instante.Assim em forma de música,desvio meu olhar,caminho e retorno para

dentro de mim orvalhada de hino.(Érika)

O Centro cultural Alfredo Leite Cavalcante,da cidade de Garanhuns,já foi estação ferroviária

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erikapoetisa
Enviado por erikapoetisa em 08/08/2010
Código do texto: T2426273
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