AS CORES DAS TROVAS

Numa singela poesia de apenas quatro versos podemos descortinar um verdadeiro universo, o pensamento completo do autor, a história sucinta e precisa elaborada com tão poucas palavras.

As trovas nos transportam para instantes alegres ou tristes, de amor e de ódio, de solidão e de multidões, sublimes ou insensatos, hilários ou melancólicos. Tudo elas podem transformar e transcender, fazer sonhar, levar consolo, entristecer, abrir sorrisos, despertar a curiosidade.

Impossível alguém não gostar de trovas, salvo raras exceções. É que esses versinhos descontraídos chamam a atenção por sua complexa simplicidade e também em virtude da singeleza das mensagens neles contidas. Em sete sílabas de cada verso, se bem uns ultrapassem essa contagem talvez usando da liberdade tão própria dos poetas, destacam-se axiomas, pensamentos, filosofia, ciência e tanto mais.

Ei-las ternas, engraçadas, sizudas, conselheiras, amigas, zombeteiras, interessantes, religiosas, curiosas, fascinantes, amargas, angustiantes, mas, sobretudo criativas quando bem elaboradas na sutileza de seus meandros.

Amem, odeiem, fiquem indiferentes ou desprezem as trovas, mas ninguém a elas permanece imune. É quase sempre paixão à primeira leitura.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/08/2010
Reeditado em 08/08/2010
Código do texto: T2424904
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