PAI
É um homem simples.
Quando éramos crianças todo final de tarde ao chegar do trabalho ele se sentava em sua cadeira de balanços.
Não demonstrava cansaço, tampouco mau-humor.
Naquele momento se sentia um rei.
E era um rei.
O rei de sua casa, do seu lar.
Do lar que construiu com amor, com muito amor.
Naquele momento contava muitas histórias, algumas, jurava serem verdadeiras, quanto a outras, nada dizia, deixava que nós decidíssemos.
Após o jantar, sentava-se na varanda e ligava seu velho rádio de pilha ficando horas a ouvi-lo e dando-nos conselhos, para que nos tornássemos grandes homens.
Grandes, como ele.
Nunca teve dinheiro, mas sempre se considerou rico, um privilegiado por Deus, pois sempre teve tudo que necessitava.
Uma bela família, filhos e esposa e amigos, muitos amigos, verdadeiros amigos.
Vive sorrindo, mesmo nos momento dificeis.
Com sua maneira simples de viver, nos ensinou o valor da amizade.
Da sinceridade.
Da humildade.
Da simplicidade.
Da honestidade.
Da lealdade.
Da solidariedade.
Da generosidade.
Da felicidade.
Do seu jeito nos mostrou o caminho do bem.
Do amor.
Desde criança, sempre ouvi-lo dizer:
“Filhos! Não se esqueçam que nas pequenas embalagens é que estão os melhores perfumes, por isso, levem sempre consigo, são nas pequenas coisas que encontramos a felicidade”.
“Não importa o que temos e sim o que somos”.
É um sábio.
Um herói.
Um vencedor.
Meu exemplo de pessoa,
Meu exemplo de pai.