Uma mulher vai morrer por ser MULHER
Uma mulher está para ser morta por apedrejamento no Irã em virtude de ter usado o sacrossanto direito de ser dona de si mesma. Não cometeu nenhum crime contra a vida de ninguém, não roubou nem furtou, não levantou falso testemunho, não maltratou seus semelhantes nem desacatou qualquer autoridade. E mesmo que fosse autora de um desses crimes acima elencados não seria motivo para receber a pena capital. Ela vai morrer porque amou. Ou porque, como ser humano e mulher teve relações íntimas como todos nós fazemos no mundo inteiro. Enquanto você lê esta crônica milhões de mulheres estão transando com seus maridos, namorados e parceiros ao redor do planeta. Nem por isso serão apedrejadas até a morte.
Em pleno Século vinte e uns homens de mentalidade inominável, que se julgam no absurdo direito de tirar a vida de uma mulher por ela ser e agir com sua alma feminina estão prestes a cometer um verdadeiro ato de barbárie impensada. Enquanto os aviões sobrevoam os céus, a internet transforma a Terra num único país, a ciência descobre os segredos do genoma humano, entre milhares de avanços tecnológicos a cada dia registrados, assassinarão uma mulher lá no Irã simplesmente porque ela é uma mulher que pecou. Os homens que com ela usufruíram o prazer sexual provavelmente serão considerados heróis, machos reprodutores dignos de elogio, nunca pecadores. Por que? A mulher iraniana pagará sozinha, sendo apedrejada, por satisfazer uma necessidade sem dúvida concernente a todos os seres vivos.
A morte por apedrejamento era prevista pela Bíblia segundo a Lei que Moisés recebeu de Deus. Isso há mais de dois mil anos. Quando o Senhor Jesus Cristo veio conviver conosco cheio de graça e de verdade, tendo por escopo único morrer na cruz para nos salvar, se entregando ao martírio do calvário e ressuscitando ao terceiro dia, terminava a era da Lei e começava a era da Graça - isto é, a era do Perdão. Nunca mais haveria apedrejamento caso alguém fosse flagrado em adultério, segundo a Graça divina. Nunca mais. O pensamento humano ganhava novos contornos espirituais. Na cruz de Cristo ficaram cravados todos os pecados, e ali estávamos todos nós, todos mesmo, representados por Jesus. A procuração que Ele tinha era(e é) simplesmente a fé. Mesmo nascendo tantos séculos depois, eu e bilhões de outros pecadores também fomos pregados na cruz através do nosso Salvador Jesus Cristo.
Agora, vinte séculos depois, alguns lugares da Terra ainda vivem sob a força e o terror da Lei - que foi abolida, porque devidamente cumprida, por Jesus Cristo. Ele cumpriu a Lei em toda a sua complexidade e implantou a Graça, o Perdão. Apesar disso uma mulher, e não os homens que estiveram na cama com ela, morrerá por apedrejamento. Dez, quinze, trinta, cem, quinhentas pedras serão jogadas brutalmente sobre ela até que morra. O sofrimento, a agonia, o horror e o pavor serão indizíveis e indescritíveis. Será simplesmente uma morte horrível e agonizante, a mulher sofrerá de maneira cruel, brutal e primitiva. Lembram do que Jesus disse quando Maria Madalena foi acusada de adultério e prostituição? Algo assim: " Aquele que nunca pecou atire a primeira pedra." Os carrascos da mulher iraniana, aqueles que jogarão pedras nela até a morte, serão todos puros, cândidos e impecáveis cidadãos que jamais pecaram? Embora não possamos fazer nada, pelo amor de Deus usemos de nossos talentos e vozes para denunciar ao mundo essa barbárie assombrosa.