Baratas? Um horror!
Nunca ouvi alguém dizer que gostasse ou até adorasse baratas. Até Franz Kafka, em Metamorfose, sua única obra publicada em vida (1915), com certeza não gostava de barata. Ele somente se aproveitou do horroroso inseto em sua obra. Nesta, o personagem Gregor, um jovem caixeiro-viajante, depois de um sono tumultuado, acorda e se encontra metamorfoseado em barata.
Ontem, minha faxineira deixou meu apartamento todo limpinho. Vocês já notaram que basta isso acontecer para que elas, essas repugnantes baratas se cheguem a fim de conferir a limpeza? Sai! Neura.
Ao retornar à noite ao meu aconchego, abri a porta e acendi a luz. O que vejo no chão, toda brilhante? Uma barata pequena. Eu, toda louca, pisei nela e em seguida fui conferir se havia matado a nojenta. Mas qual o quê? Era apenas uma semente caída de melancia.