sirvo os poemas
Dei para embirrar publicar poemas: o toma lá o meu sangue e o meu corpo, a hóstia do poema!
Não, escrevo como quem lava as mãos..., só depois sirvo o poema.
Hoje escrevi assim:
'o lugar da água'
1
Acordei ao som da chuva, chove.
A água cai na rua, o mundo
lava-se...
2
Na escrita caio e
como D. Fuas Roupinho
montando o seu alazão, salvo-me
Por inspiração divina o susto
assusta o cavalo e
levanta-se
sobre os quarto traseiros
se levanta e
para
marcadas ficando ferraduras
no chão de rocha dura e
lá em baixo o mar...
Este um milagre da Virgem
visitado pela minha pena
escrevendo neste dia
3
Vou tomar banho,
a literatura já ocupou
no corpo o lugar da água
#
Hoje o Assim escreveu assim:
'evidência sem vidente'
rendo-me à evidência
da evidência nunca ser
evidente evidentemente
antes sendo depois de ser
evidentemente evidente
evidência sem vidente!
{A única conclusão conclusiva não sendo a morte, é trabalhar na estiva. Nem esta contudo é conclusiva, às vezes os barcos não chegam.
A ligação à Net está quase pior que má, vamos ver se dá...}