Consumidor nossa razão de ser.

A saga do moço para evitar desperdício de água.

Da responsabilidade social da EMBASA: “O pensamento da co-responsabilidade pela sociedade, pelo meio ambiente, pelo país, são hoje um diferencial competitivo de uma empresa, que com essa visão passa a agregar importante valor à sua marca: o de empresa cidadã, que se volta para o resgate de princípios éticos e morais.” Está escrito lá no portal da empresa EMBASA (Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A)

No dia 31/07/2010 (sábado) liguei para 0800 desta empresa informando do vazamento critico no hidrômetro de um prédio onde tenho uma unidade, alertando sobre o possível comprometimento do abastecimento de água das unidades devido o registro ter de ficar fechado. Após relato a atendente muito atenciosa respondeu:

- “Senhor favor anotar o protocolo, e estou colocando como urgência, devido o vazamento de água ser no hidrômetro no lado do consumidor, porém favor anotar o numero de protocolo, que poderá ser usado para contestar o consumo caso este seja exagerado.” Protocolo de 31/07/2010 às 10h30min horas. Até aí pode parecer tudo bem, perfeito atendimento ao consumidor, correto?

Ledo engano caro leitor, fiquei a imaginar, se o vazamento fosse do lado da fornecedora, que aqui é do Estado, não seria urgência? E realmente tem sido esta a situação que tenho presenciado, com vazamentos de água na cidade de Salvador. Casos que ficam dias escorrendo o liquido tão precioso, que nos dias de hoje é tão cantado em versos e prosas pela sua preservação e redução. Onde fica sustentabilidade? E assim somos bombardeados constantemente pela empresa com cartazes e publicidades em emissoras de televisão. E eles na contra mão da preservação. Se fosse iniciativa privada seria assim? Opa! Calma leitor, não sou a favor de privatização, principalmente dos serviços básicos, o que me chateia é esta coisa da empresa publica, quando nas soluções de problemas, quando no atendimento ao consumidor, que é o responsável direto pela manutenção dos salários destes.

Como podem notar estamos no dia 03/08/2010 e não fui atendido e o liquido sagrado, tão faltante no nosso nordeste querido, continua seguindo tranquilamente para os canais pluviais. Até parece que há um sistema de tanto pior melhor, para justificarem um processo de privatização. Há uma insatisfação geral das pessoas com o atendimento no serviço publico, criando nas pessoas ditos consumidores, esta idéia de que privatizar melhora. Mas como melhorar se os quadros são os mesmos? Ou então, estaremos pedindo uma demissão geral das pessoas? O que falta nestas empresas é gerenciamento, distribuição de responsabilidade?

O que falta somos nós como clientes consumidores, exercermos nosso papel de cidadão, exigindo que os serviços públicos funcionem que os governos governem voltados para o social, para a excelência do atendimento das necessidades básicas. Muda-se o governo e as coisas permanecem, na mesma letargia, cabe a nós fiscalizar, denunciar, as parasitas que insistem em denegrirem a coisa publica. Profissionais bons e ruins têm em todas as organizações.

Mas as águas vão rolar, enquanto nós atuantes ficamos a gritar, divulgar que o abastecimento de água da humanidade esta comprometido, enquanto aqueles ditos responsáveis diretos, não estão nem ai, para o terrível desperdício. Parafraseando Gregório de Matos, o que falta nestes governantes é o comprometimento, se não lhes ponho, vergonha e honra.

Quem a pôs neste socrócio?...Negócio

Quem causa tal perdição?...Ambição

E o maior desta loucura?...Usura. (Gregório de Matos- Epílogos)

E parece que nada mudou o vazamento ainda não parou...

Toninhobira

03/08/2010