NEGÓCIO DA CHINA

Catastrofismos ambientais à parte, esse negócio da China ter assumido o segundo lugar na economia mundial é um negócio da China mesmo. O trocadilho é por minha conta. Eles passaram o Japão e estão no pé dos EUA. Segundo os especialistas, o país vai ser o mais rico do mundo por volta de 2025.

Há duas versões que conheço para explicar a expressão “negócio da China”. A primeira diz que Marco Polo (séculos 13 e 14), aquele famoso viajante veneziano, viveu lá durante 16 anos e depois fez um livro com os relatos de sua viagem onde consta que acumulou uma fortuna incalculável. A outra diz que os ingleses no século 19, usaram a famosa guerra do ópio para controlar o monopólio do comércio e ainda de quebra, levaram alguns territórios chineses para o seu domínio. Durante esses quase oito séculos que separam estas histórias até os dias atuais, a China só havia crescido em número de pessoas. É a maior população do mundo, quase um bilhão e meio de pessoas.

Só fico com uma preocupação. As outras, relacionadas com a exploração excessiva de mão de obra, com uma desigualdade do tamanho do país e com uma repressão assustadora com a população, deixemos que eles resolvam lá internamente. A correlação de forças na briga entre os donos de dinheiro e os donos da força de trabalho vai tomar um rumo, mais dia menos dia. A outra preocupação de que falo é com relação ao meio ambiente. Segundo os dados disponíveis nos maiores órgãos de defesa ambiental internacionais, os EUA, com pouco mais de 300 milhões de pessoas consomem ¼ de tudo o que se produz no mundo e entram com 40 % da cota de poluição mundial. Imaginem a China com cinco vezes mais gente?

josé cláudio Cacá
Enviado por josé cláudio Cacá em 03/08/2010
Código do texto: T2415257
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