CALMA, BIA! (ou será carma?)
Ando pensando nos botões que tenho que pregar. Odeio pregar botão! E não sei por que cargas d´água todo dia cai um da camisa do meu marido. Sei lá se cai mesmo, ou ele puxa só pra dizer que eu preciso pregar. Às vezes me dá vontade de trocar todas as camisas dele. Bem que ele podia usar só camisetas, pólo, essas esportivas, nada com botão... Tanta gente fala em carma, vai ver esse é o meu...
Enxergar o buraquinho da agulha é um tormento. Quando consigo, é a linha que não entra... depois de muita ginástica, pronto. Aí tem que dar o nó. Lá se foram uns quinze minutos. Prendo a agulha num lugar seguro e vou catar o botão. Abro a caixinha, onde tem uns quarenta e cinco, e começo a procurar. Parece mentira, ou são pequenos ou grande demais. De repente acho um mais ou menos parecido com aqueles da camisa. Começo a função. Cutuco daqui, cutuco dali, cutuco meu dedo, ai! Do lado do avesso vai se formando um emaranhado só, nem é bom pensar. Quando acho que ele está bem preso, termino e olho a ‘obra’. O ‘meu botão’ se sobressai. Fora do alinhamento, claro, um pouquinho mais à direita ou à esquerda. Às vezes ele se destaca porque tem quatro furinhos enquanto os outros todos só têm dois... Ou então porque a linha que usei é de outra cor...