Vejam se faz sentido

Existe um certo entendimento de que a paz interior, a evolução espiritual (ou qualquer coisa parecida com essa), a busca do Algo estão ligadas a conceitos de Simplicidade, mente vazia de conflitos, desvinculação das coisas materiais, despreendimento das armadilhas dos pensamentos lógicos e desvínculo da necessidade de se entender o Todo antes de conquistá-lo.

Algo como “deixe de ficar pensando e deixe a Natureza e o Sublime te invadirem”.

E para isso temos que nos esforçar, temos que esquecer muitas coisas que nos ensinaram por anos, temos que “limpar a mente”, abrir os sentidos para aquilo que não estamos acostumados a valorizar.

E isso é difícil! Ficamos duelando com os valores enraizados dentro de nós, ficamos sem saber o que fazer com as conquistas e conquistados de tantos anos, criamos a necessidade de abnegação e purificação para nos justificarmos perante aqueles com quem convivemos e descobrimos a solidão e a instrospecção (mesmo quando achamos nossos iguais) como forma de se conseguir esta “limpeza”.

Mas é uma quebra tão grande do que se considera normal que me deixa pensando se tudo isso está certo? Se estiver, provavelmente eu ainda tenho muito pela frente, pois é difícil para mim não precisar entender, não usar a parte pensante que me trouxe até aqui e que acredito tenha me ajudado muito a poder não me afundar na mesmice.

Continuo acreditando na Simplicidade, na naturalidade em se conseguir este ponto mais alto, mas não consigo achar que esteja desvinculado do intelecto. Acredito que um encaixe perfeito entre o pensar, o sentir e o viver existe. E que para este encaixe ser conquistado muito do que disse acima é a mais pura verdade.

Há que se limpar a mente mas não deixar de usá-la!

Há que se usar a mente em sua forma mais pura, criando sua própria estrutura, sem aceitar dogmas e falácias.

Há que se desvincular das coisas materiais mas não negar sua necessidade.

Há que se entender que se somos parte do Todo temos que entender a nossa parte Nele.

A melhor forma de abrirmos a mente para novas sensações e conhecer como lidamos com as antigas.

O pensamento deve fluir solto, fácil, prazeirosamente. Este é um dos sintomas da Simplicidade.

Como podem ver estou ainda longe Dela mas já sinto uma mente que trabalha sem tanto esforço, já sinto meus sentidos mais abertos às mensagens não padroinzadas, já sinto a necessidade da Simplicidade.

George Wootton
Enviado por George Wootton em 01/08/2010
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