ALLEGRO VIVACE

Foram duas as peças do concerto de hoje: a primeira, ‘A história do soldado’, de Stravinsky e a outra, ‘Sinfonia número 2 em mi menor, opus 27’ de Rachmaninov. Confesso que A história do soldado, música de câmara, embora bonita não me empolgou tanto quanto a Sinfonia de Rachmaninov. Que foi L I N D A !!!

Embalada pelo som de tantos instrumentos da orquestra meu pensamento voava enquanto os olhos passavam de um músico para outro. Mas eles se fixavam mesmo era no regente. Como gosto de ver seus movimentos! Braços e mãos dançando no ar... seu corpo indo e vindo em doce ondulação... e a cabeça movimentando-se ora tão de leve, ora energicamente! Impossível descrever tanta emoção...

Não fui comer fondue depois do concerto, nem tomar cerveja no Baden-Baden. Aliás, quando vou para apresentações do Festival em Campos, nem vejo Capivari. Atravesso Abernesse, viro na altura do Mercado e sigo na direção do Palácio do Governo e do Auditório Claudio Santoro. Hoje não foi diferente. Saí de casa perto das sete horas, aqui cheguei de volta à meia-noite. E ainda de quebra, apreciando pela estrada uma linda lua que no céu brilhava... Fora o espetáculo das luzes piscantes de várias cidades que se avista lá de cima, na volta. Até parece que estamos dentro de um avião...

Eu me sentia flutuando... e assim permaneço até agora.