UM GRANDE EQUÍVOCO
_______________________________________
Não faz muito, um jovem escriba, lastimava-se em uma crônica, de que enfrentava uma instintiva e amarga batalha de alguns oficiais (mais calejados) do mesmo ofício, que ao reconhecerem um pouco de talento em seus escritos, passaram a procurar seus deslizes textuais (natural em qualquer iniciante nas letras) para criticá-lo.
É fato mais que comum em qualquer portal que hospede textos abertos a comentários, encontrarmos alguém a ensaiar seus pendores para a crítica; no que não há nada de mais, pois onde há escritores, haverá críticos e escritores críticos. Porém, ensaiá-los a custa de poetas e prosadores iniciantes, ainda claudicantes, é um grande equívoco. Não é mesmo?
A crônica do jovem escriba, trouxe-me a lembrança de uma fábula moderna que rodou por esta vasta internet, sem autoria específica, que mesmo não sendo de Freud, explica o motivo pelo qual o jovem cronista recebe esse assédio crítico. Com sua licença, vou parafraseá-la:
O Morcego e o Vaga-Lume
Era uma vez um morcego que começou a perseguir um vaga-lume que só tinha a intenção de brilhar na noite escura.
Ele vivia a fugir com medo do feroz predador que nem pensava em desistir.
Foram dias, semanas a fugir. Era só o vaga-lume sair para seu passeio noturno e lá vinha o morcego a persegui-lo.
Um dia, de “saco cheio” e já sem forças para outra fuga, o vaga-lume parou, e, virando-se ao morcego, lhe disse:
— Posso lhe fazer três perguntas?
— Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te jantar mesmo, pode perguntar...
— Pertenço a sua cadeia alimentar?
— Não.
— Te fiz alguma coisa?
— Não.
— Então por que você quer me jantar?
— Porque não suporto ver alguém brilhar... ®Sérgio.
Leia Também: (clique no link)
____________________
Se você encontrar erros (inclusive de português), relate-me.
Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!