BALANCÊ

O costume das festas juninas é muito antigo, veio da Europa através dos portugueses. Era a festa que os camponeses de diversos países faziam no início do verão, após o período das colheitas. Deve ser por este motivo a tradição de nos vestirmos de caipira. A grande fogueira, que para nós serve de aquecimento e enfeite, para eles tinha uma razão especial: limpar o ar, livrando-o de bactérias e pestes.

A quadrilha foi inspirada em danças francesas, por isso até hoje usamos alguns termos como ‘en avant’ (para a frente), ‘en arrière’ (para trás), ‘tour’ (roda), ‘balancé’ (balanço), ‘changer’ (trocar – o par)...

No início a festa era pagã, só mais tarde foi associada a São João, porque o solstício de verão para eles coincidia mais ou menos com a data 24 de junho, dia do Santo. As outras, de Santo Antonio e São Pedro, devem ter vindo na cola.

Até os dias de hoje muitos países da Europa continuam com as festas juninas, embora modificadas e bem diferentes dos nossas. Aqui mesmo, dentro do Brasil, temos diferenças entre aquelas do Nordeste e as do Sul.

Na época em que começaram a pipocar as lambanças do governo Collor, meu marido, ao chegar em Maceió no mês de junho, ficou espantado e confuso. Via por todo lado enormes outdoors anunciando CONCURSO DE QUADRILHAS!

Se agora aparecerem cartazes desses por aí, seja em Brasília ou outra cidade qualquer, ninguém mais vai se confundir...