E A MÚSICA CONTINUA...       
 
 
Ela
O ídolo
E diante da foto
Um mundo de indagações...
Nunca os meus olhos cruzaram com os teus
Nunca as minhas mãos te tocaram
E por que te amo?
O que provoca o amor?
Ele nasce súbito?
Sem nenhuma explicação?
E quando ele chega de forma inesperada
Custa a curar?
(Zélia Freire)
 
 
 
 A música dilacera os seus ouvidos E  a arremessa de encontro aos fantasmas do passado. Se é que existiram
Perdida está no meio daquela sala cujas paredes parecem fechar-se cada vez mais numa tentativa  de sepultá-la viva. E  sem mais saber se  de fato existe. Se viva está e quem é, se Maria? Joaquina? Josefa? Pouco importa! São tão comuns estes nomes...Assemelham-se à sua pessoa.

 
E a música continua. Fala de amor.
Amor...
Também fala de tristeza
Tristeza...
De desencontros
Desencontros...
De despedidas
Despedidas...
E dela só se ouviu
Ah, Maysa, por que não te calas?!
 
 
                       



Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 30/07/2010
Reeditado em 30/07/2010
Código do texto: T2407839
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