EXIGIMOS TRANSPARÊNCIA!
No final de outubro do ano passado, após se tornar pública a postura inadequada de dois policiais militares da Cidade Maravilhosa quando da triste ocorrência com o coordenador do AfroReggae, fiz uma crônica intitulada “Segurança”, enaltecendo a importância de se colocar câmeras em viaturas policiais, a se coibir fatos dessa ordem.
Quase oito meses depois, mais uma tragédia tornou-se pública, envolvendo o mesmo palco e seus caricatos artistas. Ou seja, é necessário que outro fator – que não a própria tragédia – interligado ao ato, coloque em evidência assunto tão delicado, a gerar comentários e críticas mundo afora. E nesse caso específico, o enfoque recaiu por se tratar de filho de uma personagem bastante conhecida aos brasileiros, principalmente pelo seu bom humor e simplicidade: Cissa Guimarães.
Entre uma tragédia e outras tantas ocorrências parecidas ocorridas nesse Brasil de Todos Nós, principalmente em grandes centros, anônimos foram acachapados, achincalhados, ameaçados, agredidos e somente liberados após o pagamento da propina exigida. Quando envolve parentes amigos ou pessoas próximas pelo valor social, ficamos a nos lamentar quando da divulgação do triste ato, constrangidos pela postura usualmente fora de ética pelos nossos homens da lei.
Quando a coisa se torna pública, machuca sabermos que o complemento salarial do despreparado e mal pago homem da lei vem em forma de propina ou acobertamento de erro, independente do grau da ocorrência. Fosse mais um anônimo, o dinheiro mudaria de mão sem qualquer constrangimento, a oficina repararia em tempo hábil um carro sabidamente envolvido em acidente com vítima, uma família enlutada enterraria entre dores de lástima seu ente querido e a vida seguiria seu rumo. Porque assim é em todos os recantos do país.
A Copa do Mundo e logo após, as Olimpíadas, estarão nos aproximando do mundo como um todo, onde segundo os bons princípios, esses atos são tidos como: inaceitáveis, inimagináveis para países que se dizem cultos, modernos, civilizados e atrelados ao direito democrático. E para os nativos de bom senso, críticas sobre atos que desaprovamos nos incomodam em nossa condição de partícipes coniventes.
Por tudo isso, a evitar erros futuros, vamos exigir dos governantes essa mísera quantia investida em câmeras em todas as viaturas que estejam circulando em prol da população, a mostrar transparência na ação. Como o dinheiro em questão sai de nossos bolsos, temos o direito de exigir seu bom uso, a evitar que um simples acidente de trânsito se transforme nesse absurdo crescente, a manchar mais um capítulo da história de nosso país.
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