Enquanto a Literatura no Brasil fica sempre em segundo plano e há poucas novidades boas a se divulgar, abrindo a Revista Veja,desta semana,encontrei um motivo para alegrar essa gente estranha que perde tempo e dinheiro tentando arejar as cabeças deste país,nossos escritores.
Ê ta gente tinhosa meu Deus!
Todos os dias um maluco se senta em frente a essa nova máquina de fazer doido,o computador,e escreve abobrinhas esperando ser lido e comentado pelas pessoas,acreditando seriamente que vai salvar o mundo ou,pelo menos,torná-lo menos pior.
Claro que não acontece nada, pelo menos por enquanto,quem sabe um dia,e, agora que sabemos que a Biblioteca do Congresso ,nos States,armazena até twitters,vamos caprichar também nessas mensagens curtas,q/ p/ falta de tempo e espaço o PC n/ nos deixa escrever a palavra toda e o Linox ainda substitui as vogais por quadradinhos o que torna o sueco muito mais fácil de entender e escrever que o próprio Linox,pelo menos para mim que sou do tempo da Olivetti, lettera 22,sim senhor!
Mas,voltando ao assunto dessa conversa fiada.Como disse acima,li a notícia de que uma empresa de cosmético,dessas que funcionam com catálogos e vendas domiciliares acrescentou aos cosméticos que embelezam o rosto a venda de livros ,que embelezam a alma ,a preços baixos e estão vendendo bem aos clientes dos seus produtos.
Isso já deve existir há algum tempo, - eu é que sou desligada – mas,o que me chamou atenção foi a estória de uma mulher,Edna,de Cabreúva,que trabalha vendendo de porta em porta na sua bicicleta,conduzindo livros para comercializar bem longe dos grandes centros urbanos,onde a cultura dificilmente chegaria,nem a lombo de burro.
Ela disponibiliza seis horas do seu precioso tempo, diariamente, para levar cultura a essas pessoas e comenta:
-Tenho leitores sedentos por eles (os livros).
Pois é. Escritores,vocês já não precisam lamentar como Dante:” deixai toda esperança vós que entrais”;vamos ter esperança ,sim,neste Brazilzão das Ednas e de outros pioneiros que à sua própria custa criam bibliotecas,contam estórias nas escolas de periferia e levam o conhecimento a qualquer lugar onde ele seja avidamente procurado.
È cômodo para nós,escrevermos um livro e colocarmos nas livrarias e deitar na rede esperando pelos direitos autorais.
Mas,aqueles que não querem ser os “Pedro – pedreiros” da Literatura, - esperando,esperando,esperando só -saem por ai divulgando seu trabalho, suando a camisa para colocá-los nas mãos de alguém,sabendo que ,como o escritor não gera notícia,a Grande Mídia não se interessa por nós que não fomos agraciados pela natureza com uma bunda grande ou pés miraculosos.Nem sabemos tocar guitarra.
Numa livraria competimos com o mundo;lá está desde o poetinha da província até os gênios da humanidade cujas obras monumentais serão sempre lidas e jamais esquecidas porque perduram para sempre.
A fila anda, como diz o escritor Antonio Torres,mas,a concorrência é desleal.Famoso,quem???É assim que perguntam sobre nós, - quando perguntam.
Por isso, prefiro divulgar meus livros na Internet,nas escolas,nas palestras em bibliotecas – o escritor tem que ir aonde o povo está. Se intelectual comprasse livro, nós,que temos centenas de leitores nos sites e blogs já seríamos Best – Sellers há muito tempo.