De Beterrabas, Cenouras, Conjeturas e Cervejas.

Crianças sorrindo, pássaros revoando idéias, chuvas de entardecer..., amar, cantar, viver... É setembro no limiar de nossas vidas. E fico a pensar quantos setembros passados foram vistos pelos olhos estupefatos de pessoas que nunca tivemos contato e que já se foram!

Um dia li num livro na biblioteca do antigo Banespa (que Deus o tenha!), prédio Patriarca, em São Paulo, uma enorme lista de estatísticas interessantíssimas. Uma delas dizia que o planeta Terra já teve até agora a passagem de aproximadamente 40 bilhões de seres humanos, desde o começo dos tempos. Temos atualmente 7 bilhões de pessoas vivendo no Planeta. Antes disso umas 33 bilhões passaram por aqui. Estamos com muita gente por aqui, proporcionalmente dizendo. Quando li isso entrei num transe existencial pensando nas pessoas de todas as épocas que viveram nesta terra de cão, e que, felizes ou não, trilhardários ou palpérrimos, sapientes ou otários, de alguma forma sucumbiram. Até Mérlin, o Mago, se foi. Até Matusalem, com seus oitocentos e tantos anos um dia quedou-se endurecido num tugúrio. É cheguei à conclusão inexorável que este mundo, quer queiramos ou não, mata, mata mais que a fatal picada de uma naja.

Joan Baez cantando num aparelho de som de última geração... Quanta contradição!

Quanta contradição habita o coração do midíaco cidadão hodierno!

Cristiano Covas, 21.09.09.