Decisões
Hoje percebi que não sou a única com conflitos, notei que muitas pessoas à minha volta sofrem com as mesmas coisas. Mesmo que não tenha conversado com todos, sobre os mesmos conflitos, vejo as decisões que eu penso em tomar, em outras pessoas.
Decisões são sempre dificeis, normalmente não temos uma noção clara das consequencias até que seja tarde demais. Ai vem o tempo de lamentação e de desconcerto.
Mesmo em assuntos que não parecem tão importantes agora, podem gerar tumultos na vida que não conseguimos imaginar. Vejo alguns problemas de hoje como consequencias das decisões passadas.
Decisões não, decisão. Essa vontade de devorar o mundo numa mordida só, de querer resolver todos os alicerces da vida num único momento, dividindo meu coração entre diversos setores. E de tanto passar de mão em mão, acabou caindo e quebrando.
O pior é que nem tudo depende de mim. Tenho chefes, amores e o banco me dizendo o que posso ou o que não posso fazer, mas acho que o pior é quando eles não falam nada, deixando que o silêncio transforme uma simples escolha, na coisa mais importante que tem.
De repente, a questão não são os fatos, é o dilema de como enfrentar o silêncio. Os olhos da indiferença que vigiam cada passo que damos, queimando nossas costas e nossos corações. Os ouvidos da agonia que se instala em nós, causando a dor da dúvida, o sofrimento enquanto esperamos uma luz, para ver o caminho a trilhar.
Mas acho que a pior coisa do silêncio, é o barulho da razão brigando com a emoção. E no meio da gritaria, um pouco da nossa identidade é atingida, e isso faz com que fiquemos perdidos no meio de tanta informação, apenas esperando o dia em que superemos todo a confusão, e construimos um novo ser, pronto para enfrentar as novas adversidades que estão por vir.