“ EU QUISERA REZAR”
Varando a grade, a nada mais se agarra
o olhar tomado dum torpor profundo:
para ela é como se houvesse mil barras
e, atrás dessas mil barras, nenhum mundo
(A PANTERA / Rilke)
Diante de mim um espelho; lhe viro as costas, não é uma visão exterior que busco, o que busco é o que a realidade esconde, é a imagem dos meus sonhos só visíveis ao meu olhar de poeta.
Às vezes essa realidade se mostra dura, o que me faz lembrar Rilke que , como bom poeta que era, tinha lá os seus momentos para os quais costumava dizer: dias assim não pertencem nem à vida nem à morte, e para fugir desse impasse, costumava se refugiar entre este mundo e um outro qualquer, e ai estabelecia a sua “Terra de Ninguém” onde até o deus era de ninguém.
Neste momento estou me sentindo nessa “Terra de Ninguém” e estou lançando o meu lamento diante do assombro de mim mesma e repetindo o lamento herético de Rilke: EU QUISERA REZAR!
Varando a grade, a nada mais se agarra
o olhar tomado dum torpor profundo:
para ela é como se houvesse mil barras
e, atrás dessas mil barras, nenhum mundo
(A PANTERA / Rilke)
Diante de mim um espelho; lhe viro as costas, não é uma visão exterior que busco, o que busco é o que a realidade esconde, é a imagem dos meus sonhos só visíveis ao meu olhar de poeta.
Às vezes essa realidade se mostra dura, o que me faz lembrar Rilke que , como bom poeta que era, tinha lá os seus momentos para os quais costumava dizer: dias assim não pertencem nem à vida nem à morte, e para fugir desse impasse, costumava se refugiar entre este mundo e um outro qualquer, e ai estabelecia a sua “Terra de Ninguém” onde até o deus era de ninguém.
Neste momento estou me sentindo nessa “Terra de Ninguém” e estou lançando o meu lamento diante do assombro de mim mesma e repetindo o lamento herético de Rilke: EU QUISERA REZAR!