Juiz de nada

Mania essa minha de julgar a tudo e a todos, um erro e no mesmo momento decido, ignorar ou marcar essa pessoa, condená-la sem direito a defesa, a pena? Só eu sei, e não me pergunte com antecedência, o que define tudo é o momento.

E é com esse vício que consegui algumas de minhas maiores decepções, minhas musas caem por terra, viram meretrizes, ficam vulgares por uma singela revelação, um erro, e tudo acaba, minha fascinação se esvai em lagrimas, meu altar particular desmorona com pouquíssimas chances de reparo. Ai de mim se todos chegassem a pensar de maneira semelhante, me reprimo por isso, mas não paro de agir de tal maneira.

Tento sempre evoluir meus ideais, e nesse ponto venho refletindo com mais freqüência do que o normal, quero começar a perdoar, a esquecer. Já se foram amizades por esse meu comportamento, já se foram oportunidades únicas.

Culpa desse meu romantismo a moda antiga, idealizando as pessoas e seus atos, dando uma grandeza exagerada a fatos que não se ligam a mim. Mudarei? Não sei! Mas posso tentar, uma boa conversa pode esclarecer tudo.

Rimoli
Enviado por Rimoli em 27/07/2010
Reeditado em 27/07/2010
Código do texto: T2401659
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