Delírius extremus - Crônicas curtas -

Seu Delírio (jura que não é invenção), afirma ter visto um O.V.N.I. aos seus dezoito anos. De lá pra cá, diz ter mantido contatos de segundo grau, até porque não tinha verba suficiente para faculdade.

Era sempre no último dia de cada mês que terminasse com trinta e um. Foram anos de contato. Revelações surpreendentes.

Hoje seu Delírio está internadoem um hospital psiquiátrico, onde seus familiares, todos eles humanos, até porque pela norma do hospital não é permitido a entrada de estranhos, fazem visitas periodicamente todos os dias que possíveis, menos nos dias trinta e um. Nesses dias, seu Delírio passa horas no pátio sob uma luz muito forte, fazendo gestos e falando muito. Sozinho...!

A direção do hospital achou por melhor apagar a luz do pátio somente ao término das "conversas", pois temem pela saúde do seu paciente. Bom, não é só por isso, é que houve rumores sobre um possível hexa, e ainda com Romário entrando no segundo tempo. Coisas do outro mundo...