AS PAPOULAS


     Ao amanhecer, sentada num balanço, na varanda, faço a minha oração matinal, e saboreio a natureza ao meu redor. Olhando as papoulas do nosso jardim, observo que elas, como os seres humanos, são umas mais espertas e outras mais dorminhocas.
       Elas não acordam no mesmo horário. As de cor vermelha abrem suas pétalas mais cedo, depois as de cor salmon, em seguida as de cor rosa e por último as brancas. 
     Elas abrem vagarosamente como se espreguiçassem antes de despertar, efetivamente. 
     Cumprimentam o sol que as aquece com seus raios brilhantes e calorosos e iniciam a missão diária de embelezar não apenas o nosso jardim, mas o mundo inteiro, encantando os olhos de todos que lhe dirigem o olhar e perfumando a vida de todos os viventes.
      Parecem sorrir carinhosamente para cada um de nós que as admiramos.
       Cumprimento-as fazendo-lhes um carinho e sinto que elas me entendem, embora tenhamos linguagens diferentes.
        Elas como criaturas de Deus são sensíveis. Se as amo, elas o sabem.




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