CRÔNICA – VÔLEI BRASILEIRO – O maior campeão mundial – Blog de 26.07.2010

 

            Diferentemente do futebol, que ultimamente só tem trazido decepções para os brasileiros, não por falta de jogadores, mas por ausência de técnicos gabaritados, ou melhor, pela escolha de treinadores incompetentes (Dunga, por exemplo), a nossa representação masculina de vôlei abiscoitou ontem à noite pela nona vez a conquista da Liga Mundial, em competições disputadas na cidade de Córdoba, na Argentina.

            Quem vem salvando o nome do Brasil nos esportes é praticamente o vôlei, tanto masculino quanto feminino, mercê da permanência de seus comandantes à frente das seleções, inclusive das comissões técnicas, pois há um velho ditado que diz: “Em time que está ganhando não se mexe”. Concordo em gênero, número e grau.

            Detalhe é que a seleção está quase toda renovada, e ainda por cima não contamos com a participação do líbero Serginho (o maior do mundo) e do craque Giba, que ficou quase sempre no banco de reservas, entrando um pedacinho aqui outro acolá. Sua presença entre os convocados tanto dá moral aos novos como amedronta os adversários. Penso que mesmo que venha a deixar as quadras o seu aproveitamento na comissão técnica se faz necessário, na qualidade de líder.

            Claro que estou contente com esse novo recorde que os nossos representantes nos oferecem, suplantando a Itália, que ganhou somente oito competições da Liga Mundial.

O interessante de tudo é que o substituto do Serginho ganhou o troféu de melhor líbero dessa última disputa, enquanto o Murilo foi eleito o maior jogador de toda da Liga.

Um fato, todavia, deixou-me preocupado bastante. O prêmio de um milhão de dólares, que se aproxima de um milhão e setecentos mil reais, adquirido com a conquista, será dividido entre os atletas e a comissão técnica, o que acho um verdadeiro absurdo.

Ora, quando perdemos as competições correm por conta da Confederação Brasileira de Vôlei todas as despesas (concentração, salários, alimentação, medicamentos, deslocamentos aéreos e terrestres, etc.). Então quando nós ganhamos o prêmio vai para os atletas e a CBV talvez fique com alguma parcela das rendas de cada partida. O valor aludido, se dividido por vinte pessoas vai proporcionar a que cada uma receba cerca de R$ 85 mil, cada. Convenhamos que seja uma senhora premiação!

Mas neste país é sempre assim: Os lucros são divididos, todavia os prejuízos são socializados, quer dizer impostos ao nosso povo já amplamente sofrido.

 

Fico por aqui.

Um abraço.

Sem revisão de texto.

 

ansilgus
Enviado por ansilgus em 26/07/2010
Reeditado em 26/07/2010
Código do texto: T2400070
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