ORDEM NO TRIBUNAL

Ad mensuram os bens populares devem ser respeitados. O patrimônio público é a herança dos impostos que o povo paga com o seu próprio suor. O que políticos fazem com o dinheiro público é peculato e deveria ser tratado como crime doloso. Sem direito de recorrer.

Somos vitimas acuadas pela corrupção, vendo a justiça brincar de impunidade. O patrimônio público não é res nullius, e tentar arrancá-lo de seu verdadeiro dono é estuprar as leis e ferir a Constituição. Ainda estamos esperando o nascituro, aquele vai colocar ordem nesse tribunal chamado Brasil. Temos todas as armas contra os autores desse latrocínio, mas um mandado proferido por uma decisão monocrática impede de ver o meliante atrás do ergástulo público. Há sempre uma liminar que defere a favor dos erros cometidos contra o povo e as testemunhas quase sempre manipuladas brincam de julgar e condenam sempre a verdade dos fatos.

Aqueles que governam geralmente têm animus laedendi, sem dar o direito de defesa. Todos assistem a esta hasta pública, onde ganha quem dá o lance menor, pois o que é usurpado nessa hora perde o valor. O martelo do tribunal nunca pede ordem e as coisas seguem da maneira que o certo fica duvidoso e o erro é aplaudido como quem assiste a um espetáculo. Não há uma sentença definitiva para aqueles que se apropriam de coisas que não lhes pertencem (bens públicos), pois advogados fabricados em faculdades quase sempre têm em sua manga uma carta escondida, ou um blefe que engana até a honestidade.

A verdade é que a justiça deixou de ser cega e só ouve o que o poder lhe diz, assim todos aqueles que querem enriquecer às custas da pobreza do povo, são absolvidos pela máquina que só funciona a favor daqueles que colocam óleo em sua engrenagem. Por isso, precisamos de ordem no tribunal, porque senão quem vai precisar de um hábeas corpus é a nossa paciência.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO